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Barack Obama e Mitt Romney: a incógnita das eleições americanas

Terça, 06 de novembro de 2012

 

Pelo equilíbrio entre os dois candidatos e pelas diferentes propostas em meio à crise, os americanos dizem amanhã se querem mais Obama ou se rejeitam o seu governo

 
Barack Obama e Mitt Romney: a incógnita das eleições americanas Saul LOEB/AFP
Obama e Romney disputam voto a voto nas eleições americanas Foto: Saul LOEB / AFP

Das praias do Havaí às apinhadas avenidas de Nova York, da Costa do Golfo à gélida região dos Grandes Lagos, a maior democracia do mundo está posta à prova. Polarizada como raramente se viu, a América vai às urnas amanhã para decidir mais do que o nome do comandante em chefe que irá habitar o número 1.600 da Avenida Pennsylvania, em Washington, pelos próximos quatro anos. Os americanos julgarão nas urnas a era Barack Hussein Obama.

Nunca antes o país chegou a um dia de eleição com tamanha incerteza, com os dois candidatos rigorosamente empatados, segundo pesquisa da CNN, com 49% das intenções de voto. A divisão antecipa uma das noites eleitorais mais longas da história americana. Exércitos de advogados republicanos e democratas estão prontos para intervir no processo, pedindo recontagens, denunciando fraudes ou lutando para que as urnas fiquem abertas até mais tarde.

O fantasma de 2000, que deixou os americanos por 35 dias em suspenso, sem saber quem seria o presidente, vaga pela América. Pelo complexo sistema eleitoral americano, em que a votação é indireta, quem define o presidente é um colégio eleitoral com 538 membros. É possível — e até provável —, por exemplo, que Obama perca no voto popular, mas seja eleito pelos delegados. Ironia das ironias, o mesmo ocorreu com George W. Bush, em 2000. Ohio pode ser a Flórida da vez.

Ao ser eleito 44º presidente dos EUA, Obama carregava as esperanças da maioria dos americanos e do mundo, cansados de oito anos de uma era republicana tenebrosa: o 11 de Setembro, as guerras do Iraque e do Afeganistão, cenas de tortura que envergonharam o país da liberdade. Em um tempo de carência de estadistas, o primeiro negro a chegar à Casa Branca ressuscitou ícones americanos: Abraham Lincoln, John F. Kennedy, Martin Luther King. Em quatro anos, poucos presidentes fizeram o que ele fez: colocou fim a um conflito, encaminhou um cronograma para o término de outro, caçou e matou o inimigo número 1 do país — Osama bin Laden —, fez uma reforma na saúde sonhada há décadas pelos democratas. Porém, será julgado pelo aqui e agora: pela economia.

Eleitores votarão de olho no bolso

Seu maior trunfo é uma não realização: Obama evitou que a recessão herdada dos anos Bush se transformasse em caos econômico. Mas como mostrar isso diante de uma taxa de desemprego de 7,9% — altíssima para padrões americanos? Cada eleitor que sair hoje de sua casa para votar estará pensando em seu próprio bolso.

O desafiante, Willard Mitt Romney, derrotado por John McCain nas prévias republicadas de 2008 e até esta eleição estrela menor do partido, é uma incógnita política. Se chegar à Casa Branca, adotará o tom moderado de quando foi governador de Massachusetts, dirigirá os EUA como empresário bilionário e defensor do livre mercado que é ou sucumbirá aos radicais do Tea Party?

O dia de hoje encerra um longo processo eleitoral que começou no início do ano e foi atropelado na semana final pela tempestade Sandy. Que impacto a natureza terá na disputa? Incertezas pairam sobre a América.



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