A função principal de um telhado é proteger o espaço interno do edifício das intempéries do exterior (como neve, chuva, vento) e também conceder aos usuários do espaço privacidade e conforto através de proteção térmica e acústica. Na arquitetura, as coberturas adquirem cada vez maior importância, sendo consideradas como a “quinta fachada” de um edifício. Mas a diversidade de tipos de telhas é imensa e pode confundir os usuários: são feitas em materiais como cerâmica, fibrocimento, metal, concreto, recicláveis, etc., cada uma com suas características próprias de aplicação, utilização e acabamento, adequando-se a diversos tipos de construção, necessidades técnicas e orçamento.
Nos últimos anos, a solução baseada em telhas metálicas tem ocupado cada vez mais espaço no mercado de coberturas leves para obras industriais e a utilização de isolantes termoacústicos tem feito aumentar sua utilização residencial, principalmente quando é preciso vencer grandes vãos e aliviar cargas sobre a estrutura. As telhas termoacústicas, portanto, são caracterizadas pelo revestimento de telhas metálicas convencionais com isolantes. Para ser considerada termoacústica, deve ser fabricada com pelo menos duas camadas: telha metálica + isolante. O mais comum são as chamadas telhas “sanduíche”, onde há duas camadas externas de telhas preenchidas internamente por um isolante (telha – isolante – telha). No geral, as telhas são fabricadas em aço galvanizado com diversas opções de perfis, espessuras e acabamentos, atendendo as necessidades mais variadas de projetos.
Os isolantes mais comumente usados são: lã mineral – de rocha ou vidro – que apesar de ser mais viável economicamente, são menos isolantes; poliestireno (também conhecido como EPS ou isopor), que apresenta um bom isolamento termoacústico a um custo médio e poliuretano (PUR), que apresenta o melhor isolamento termoacústico, ainda que a um custo mais elevado.
As vantagens do uso das telhas termoacústicas são incontáveis. Obviamente, o conforto térmico e acústico são os principais chamarizes para seu uso. Aliado a este conforto, está a economia de energia elétrica na diminuição do uso de aparelhos de ar-condicionado. Também diminui os custos com estruturas, pois apresenta baixo peso por metro quadrado. Podem ser instaladas sobre estruturas de metal ou madeira mais leves, pois os vãos livres são muito superiores aos de diversos outros materiais, sendo indicada para o preenchimento de vãos de grandes dimensões.
Diminui também os custos com mão de obra, pois sua instalação se mostra até 70% mais rápida se comparada a sistemas convencionais. Diminui o volume de desperdício de material e no caso de descarte, apresenta maior possibilidade de reaproveitamento. São resistentes ao fogo, não apodrecem, não mofam e não são atacadas por insetos e roedores. Não são tóxicas e apresentam alta resistência e durabilidade. Permitem uma inclinação menor do telhado (entre 8% e 10%), permitindo maior liberdade de criação e, com o uso das telhas bandejas, o uso do forro pode ser dispensado. Em regiões com elevada concentração de umidade no ar, evita o gotejamento que ocorre com a condensação da umidade interna quando em contato com as coberturas aquecidas pela ação do sol.
Um empecilho no seu uso é a baixa aceitação por parte dos usuários em utilizar um sistema diferente do tradicional. Veremos mais sistemas de cobertura nos próximos artigos.
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