O Haiti ainda padecia nesta quinta-feira (1º) os efeitos da passagem do furacão Sandy pelo país na semana passada, que deixou mais de 54 mortos e 21 desaparecidos.
O país decretou estatado de urgência por 30 dias.
A Direção de Defesa Civil, que também contabilizou 20 feridos, não descarta que nos próximos dias aumente o número de mortos.
As autoridades temem falta de comida e a ocorrência de cólera e de doenças transmissíveis pela água contaminada.
Segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde, órgão da ONU), aumentou o número de alertas de cólera, no Haiti, principalmente em acampamentos de deslocados internos e em áreas de difícil acesso. Vários centros de tratamento foram afetados pelos ventos fortes e alagamentos.
O Haiti se recupera pouco a pouco dos danos provocados pelo furacão enquanto diminui a quantidade de pessoas que se encontram em abrigos em praticamente todo o país, que lentamente retorna à normalidade. Quase 13 mil pessoas tiveram de ser levadas a abrigos temporários logo após a passagem do furacão.
As regiões mais afetadas foram o oeste e o sul, onde ainda numerosas comunidades permanecem incomunicáveis após a destruição de estradas e pontes, de acordo com as autoridades.
Em sua passagem pelo Caribe na semana passada e pelos EUA nesta, Sandy deixou mais de 150 mortos e danos no valor de dezenas de bilhões de dólares, antes de perder força e começar a dispersar-se hoje perto dos Grandes Lagos, no centro da América do Norte, segundo o Serviço de Previsão Hidrometeorológica dos EUA.
No Caribe, também foram afetados Jamaica e Bahamas.