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Morte de modelo catarinense durante lipoaspiração é investigada em São Paulo

Terça, 30 de outubro de 2012

 

Familiares de Pamela Baris do Nascimento, que moram em São Francisco do Sul, cobram explicações

Morte de modelo catarinense durante lipoaspiração é investigada em São Paulo reprodução/Reprodução
Pamela estava há três anos em São Paulo e fazia participações especiais em programas de TVFoto: reprodução / Reprodução

A Polícia Civil investiga a morte da modelo catarinense Pamela Baris do Nascimento, 26 anos, que morreu na quarta-feira, 17, durante uma lipoaspiração no bairro Ipiranga, em São Paulo. A família da modelo mora em São Francisco do Sul, Norte do Estado, e está na capital paulista na tentativa de identificar o que houve com a jovem.

Pamela foi sepultada no sábado, dia 20, e seu pai Adilson Alves, 47 anos, diz que a intenção é processar a clínica responsável pelo procedimento. Ele conta que Pamela morava sozinha em São Paulo há três anos, era solteira, e saiu da cidade natal com 19 anos para estudar e trabalhar como modelo. 

Primeiro foi para Curitiba, onde estudava medicina. Depois recebeu propostas para atuar como assistente de palco em programas de televisão e se mudou para a capital paulista. Ela é a única dos cinco filhos que saiu da cidade natal para estudar e trabalhar e completaria 27 anos no dia 9 de novembro.

— O médico que fez a cirurgia ligou avisando da morte. Ficamos surpresos e nem acreditamos de início, ninguém estava sabendo dessa operação, ela não nos contou. Era bem independente, pagava seus estudos, se virava — conta Adilson.

O caso só foi registrado na delegacia nessa segunda-feira pela tia de Pamela, que viajou até São Paulo. Segundo o delegado, Evandro Lemos, ela morreu na mesa de cirurgia depois de uma perfuração no fígado seguida de uma hemorragia. A atriz, que já tinha passado por duas cirurgias em outras ocasiões, chegou a tomar duas bolsas de sangue, mas não resistiu.

O que intriga a equipe de investigação, segundo o delegado, é a demora do médico em comunicar o fato à polícia. O pai da modelo confirma que ele só ligou para a família.

— Ele nos ligou dizendo que ela tinha morrido, mas não disse como, nem onde, nada. Por isso, a tia dela teve que viajar até lá para saber o que houve — disse. 

Ainda segundo a polícia, o médico tem registro, o hospital é habilitado e tem os equipamentos adequados para fazer a cirurgia e tudo indica que o procedimento foi realizado de forma correta, mas pelo médico não ter comunicado o fato à polícia, poderá responder por fraude processual.

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