Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
28/10/12 Dom: Jr 31,7-9 – Sl 125 – Hb 5,1-6 – Mc 10,46-52
Neste 30º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos, é o lado luminoso do domingo passado. A pergunta de Jesus é a mesma: “O que você quer eu faça por você?”. Mas a resposta é diametralmente oposta. Os preferidos querem poder; o cego quer ver Jesus. A mesma pergunta é feita hoje a cada um de nós, que, como aquele homem sem identidade, estamos cegos, sentados e a beira do caminho. Queira Deus que possamos dar a sua mesma resposta: “Meu mestre, que eu veja!”. A fé, de fato, é uma visão, e essa visão nos permite segui-lo pelo caminho. Perguntaram ao ‘menino das chaves’: “Você é capaz de fazer a chave do Reino dos Céus?”, “Sim”, respondeu ele. “E qual é a chave do Reino dos Céus?”, voltaram a perguntar. O pensamento foi rápido, a resposta, curta: “A fé”. Rápida, curta, certa. A fé, de fato, é ouvidos para ouvir; boca para gritar; pés para correr até Jesus; mãos para lançar longe o manto e olhos para ver e seguir Jesus. Princípio da fé é a miséria reconhecida. Meio é a invocação da misericórdia. Cumprimento é a iluminação que faz ver o Senhor! “Senhor, que eu veja!”. A meta da catequese de Jesus aos discípulos missionários e do Evangelista Marcos ao leitor é apontá-lo aqui, onde acontece o último e definitivo milagre: o milagre da cura da cegueira. O cego do texto é símbolo do discípulo missionário que, finalmente, se encontrou com aquele que lhe restitui a visão; que levanta de um salto; que o retira da margem para colocá-lo no centro do caminho, através daquele que é caminho, verdade vida. A caminhada do Evangelho é uma educação do desejo para apreendermos o que pedir. O budismo visa a eliminação do desejo; Jesus, a sua educação. Jesus não diz ‘não peça’; Jesus pergunta o ‘que você quer?’ para, a partir daí, trabalhar o coração, o olho, as mãos, os pés. O modelo é o cego de Jericó, que não pede isso ou aquilo, mas um transplante da vista, que o mude e mude todo o seu mundo: “Senhor, que eu veja!”. Esse cego teria um nome, mas na verdade, não tem: Bartimeu é apelido, quer dizer, filho de Timeu; ele é definido por sua relação com seu pai e não por seu próprio valor. É cego: para ele, tudo é noite; é imagem do discípulo missionário que não entende, não tem fé, demora a entender, tem olhos, mas não vê, tem coração endurecido. É mendigo: alguém que ‘pede’ o que quer; parece uma criança, que vive do que recebe. Estava sentado: se o ser humano é um ser que caminha, ‘homo viator’, o cego se senta imobilizado por sua cegueira; não vendo, não sabe aonde ir. Fica na beira do caminho: não caminha sobre os passos do Mestre; está à margem, longe do leito por onde a vida escorre. O cego de Jericó é espelho de cada um de nós. Tendo ouvido o Nazareno, ouviu a promessa de Deus e pode desejar e pedir o que Deus quer dar-nos. Invocou o nome de Jesus, só ele e os demônios chamam Jesus pelo nome! Ele grita, põe-se em pé de um salto, desvencilha-se do manto, corre ao encontro de Jesus, pede a vista e a obtém, e, agora, pode segui-lo no seu caminho. O encontro pleno com Jesus é o dom concedido a quem invoca o seu nome.
Juventude Missionária: A Igreja realiza, neste último domingo de outubro, o Dia Nacional da Juventude, que, neste ano, tem um sabor muito especial. Está sendo realizando, a ‘Peregrinação da Cruz e da imagem de Nossa Senhora’, percorrendo as dioceses brasileiras, que são os Ícones da Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, com a presença do Papa Bento XVI.
29/10/12 – Seg: Ef 4,32-5,8 – Sl 1 – Lc 13,10-17
30/10/12 – Ter: Ef 5,21-33 – Sl 127 – Lc 13,18-21
31/10/12 – Qua: Ef 6,1-9 – Sl 144 – Lc 13,22-30
01/11/12 – Qui: Ef 6,10-20 – Sl 144 – Lc 13,31-35
02/11/12 – Sex: Fl 1,1-11 – Sl 111 – Lc 14,1-6
03/11/12 – Sáb: Fl 1,18b-26 – Sl 42 – Lc 14,1.7-11
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