A ferida é mais profunda
Por mais que se queira por curativos, bandagens e ministrar sedativos,
a relação empresários/Hospital Sagrada Família, que já foi das mais saudáveis possíveis, hoje enfrenta algumas rejeições. É nítida a crise que se instalou com a mudança de gestão no Sagrada Família com a chegada da irmã diretora Nelsa Hackbarth. O que todos sonhavam, por ser ela de família local, era um melhor relacionamento, mas acabou não acontecendo. Os empresários que lá estavam imbuídos de grande benemerência queriam e estavam prestes a conseguir a criação de um Conselho Deliberativo, com poderes para tomar decisões junto à administração dos recursos e projetos. Irmã Nelsa colocou um freio nas
pretensões e a Congregação passou a admitir apenas a criação de um Conselho Consultivo, o que criou o impasse e o afastamento dos empresários.
Agora mesmo, a decisão do Sagrada Família em romper o contrato com
a Rim e Vida cria mais um fato novo. É uma decisão administrativa, legal, mas que é de rompimento. Os empresários, via Acisbs, tentam novamente colocar panos quentes e diplomaticamente reatar os elos que
permitiram recuperação, credibilidade e sustentabilidade ao Sagrada Família. É preciso mesmo uma “junta”. Muita calma nesta hora e que as
soluções sejam possíveis para o bem estar da população. O que não se pode esperar é o abandono do Sagrada Família, diante de uma nova perspectiva, que já está se tornando realidade, de um novo hospital. Também que a Divina Providência, por falta de pessoas em seus quadros,
acabe terceirizando ou negociando as instalações do Sagrada Família, num
diagnóstico triste para toda a população.