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CIRURGIA PLÁSTICA É PARTE DO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Segunda, 29 de outubro de 2012

 
 
     Diversos países convergem as atenções neste mês para o movimento mundial de conscientização pela detecção precoce do câncer de mama. A mobilização, conhecida como Outubro Rosa, compreende uma série de iniciativas em torno do Dia Internacional Contra o Câncer de Mama (19 de outubro) e ilumina de tons róseos monumentos famosos mundo afora. Esta luz emblemática, além de alertar sobre a formação de tumores e prevenir a sua evolução, pretende esclarecer que há tratamentos até para os casos mais graves, quando ocorre a remoção do órgão ou parte dele.
     O câncer de mama é o tipo mais recorrente no planeta e também o mais temido pela parcela feminina da população, não só pela alta incidência e número de mortes, mas ainda pelos efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. “O diagnóstico é sempre uma notícia devastadora. Muitas vezes, o medo faz com que as mulheres evitem os exames preventivos. Mas a procura pela doença na fase precoce é a única forma de curá-la”, afirma o cirurgião plástico Zulmar Accioli, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica de Santa Catarina (SBCP-SC).
     As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2012 apontam 52.680 novos casos, 1.630 deles em Santa Catarina. Boa parte deste total no País, número considerado alto, será descoberta ou tratada tardiamente, o que demandará cirurgias para retirada de nódulos ou toda a área afetada. Quando a terapia hormonal, a quimioterapia e a radioterapia não são suficientes, e a doença estiver em estágio inicial, é comum recorrer à lumpectomia combinada com radioterapia. É uma operação que preserva o seio, sendo extraída apenas a região comprometida e pequena quantidade de tecido que a circunda. Já em situações mais severas, é feita a mastectomia, ou seja, a amputação da mama por completo.
     Começa aí mais um drama pessoal, pois toda cirurgia de câncer no seio causa algum grau de deformidade, a começar pela própria cicatriz. O passo seguinte, quando não simultâneo, é a reconstrução mamária, realizada com técnicas diferentes em uma ou mais etapas. “Dependendo da sequela que resulte o tratamento e das condições locais dos tecidos que ficam em torno da mama acometida, o resultado da reconstrução será mais ou menos favorável. Infelizmente, a mama original é perdida para sempre. Mas, dependendo do caso, pode-se conseguir resultados bastante satisfatórios, inserindo novamente a mulher em um convívio social harmonioso”, explica Accioli.
 
Reconstituição
     Quando uma proporção importante do seio é removida, são três as etapas operatórias de reconstituição: produção de volume mamário, simetrização da mama normal com a reconstruída e confecção da aréola e do mamilo.
     Para atingir o tamanho próximo ao que era antes, introduz-se um balão interno chamado expansor, que recebe diariamente ou semanalmente uma determinada quantidade de solução salina. A pele estica, acompanhando o aumento do volume do aparelho inflado, que depois é substituído por uma prótese definitiva de silicone.
     Outra possibilidade é a técnica do retalho transverso, associada à abdominoplastia. Uma faixa transversal de pele é retirada da parte baixa do abdômen para modelar o novo seio. Segundo o cirurgião plástico, esta operação “é chamada de padrão ouro, porque dá o resultado mais natural”. Para isso, é necessário que haja sobra de tecido epidérmico na região. Caso contrário, a enxertia é feita com pele retirada das costas, procedimento chamado grande dorsal.
     O tempo de recuperação varia de duas semanas, quando se coloca a prótese, até um mês, nos casos mais complexos. Depois deste período, a paciente poderá voltar às atividades normais. A simetria e a confecção da aréola finalizam todo o processo, dentro de seis a 12 meses. A primeira, por meio de mais uma operação, corrige possíveis diferenças de formato, volume, posição do complexo areolomamilar e também da cicatriz. Quando necessário, um novo mamilo é construído com pele do próprio seio ou retirada do lóbulo da orelha. E a aréola pode ser refeita com pele da virilha, sendo posteriormente pigmentada na mesma cor da mama sadia.
     Conforme Accioli, “na maioria das vezes, a doença se dá em idade acima da fértil, mas é necessário ter consciência de que a mama reconstruída não mais produzirá leite e sua sensibilidade ficará prejudicada”. O importante é que a mulher volte à vida com saúde e autoestima recuperadas. Ao contrário do que indicaria o senso comum, hoje, a maioria das pacientes aceita a mastectomia com tranquilidade surpreendente. Muito se deve às técnicas avançadas da cirurgia plástica. “A possibilidade de reconstrução da mama deve ser abordada com a paciente antes do início do tratamento. Nesta hora, o suporte familiar é de grande importância para que sejam mitigados os efeitos depressivos do processo de diagnóstico e tratamento”, conclui o médico.


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