Jaguaruna - O último passo para que o Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, comece a funcionar foi dado nesta terça-feira, 23, com o lançamento do edital de licitação para contratação da empresa que vai administrar o local. O governador Raimundo Colombo afirmou que o aeroporto é economicamente estratégico e vai atender a uma população de cerca de 900 mil pessoas de 48 municípios do Sul do Estado. O empreendimento vai começar a operar em 2013.
“A empresa gestora era o que faltava. Pensamos muito no modelo de gestão. Junto com os órgãos de regulação federal discutimos que o melhor modelo seria a gestão privada. O Estado absorveu um custo de R$ 250 mil por mês, por dois anos. A gestão deve estar nas mãos de profissionais, cumprindo exigências”, destacou Colombo.
Com o lançamento do edital, as empresas têm 30 dias para apresentar os projetos. Este edital vai valer por um período de cinco anos. Depois desse prazo, outro edital será lançado, no qual o período de administração será maior. À vencedora caberá a contratação das companhias aéreas que irão operar no local. Já demonstraram interesse em ter escalas no aeroporto a Trip, Gol, Avianca, Azul e a NHT.
O secretário da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, disse que o processo não deverá demorar e que várias empresas já estão interessadas em gerir o aeroporto. Este é o primeiro aeroporto de Santa Catarina que terá a administração terceirizada. “É uma novidade para o Estado, mas não tenho dúvida que será apenas o primeiro de muitos outros projetos que vem para desenvolver as regiões.”
Com uma área de 311 hectares (equivalente a 377 campos de futebol), o aeroporto mantém a maior pista do Estado, com 2,5 mil metros de comprimento por 30 de largura. Ele foi projetado para receber aeronaves de grande porte, como o Boeing 761 e o Airbus 320. Os investimentos para construção do aeroporto foi de R$ 60 milhões.
Para o presidente da Associação Empresarial de Criciúma, Olvacir Bez Fontana, o aeroporto é uma reivindicação de muitos anos. “Finalmente vamos conseguir finalizar uma obra tão importante. Será um divisor de águas para a economia do sul catarinense.”