Joinville - A Penitenciária Industrial Jucemar Cesconetto, de Joinville, é referência no Estado de Santa Catarina por oferecer aos detentos oportunidade de profissionalização. A unidade prisional possui capacidade para 522 apenados, mas atualmente conta com 490 internos nos regimes fechado e semiaberto. No próprio local, cerca de 350 estudam e prestam serviço para 13 empresas de diferentes ramos.

Para o diretor da penitenciária, Richard Harrisom, a formação profissional é um dos caminhos para o preso conquistar a reintegração na sociedade e a inserção no mercado de trabalho. “De acordo com pesquisa realizada na instituição, a cada cem, apenas 12 voltam a cometer algum delito quando retomam o convívio social. Depois que cumpre a pena, a pessoa tem o direito de uma nova chance”, afirma.

Os reeducandos complementam a mão de obra de indústrias de alimentos, plástico, ferramentaria, fixadores, entre outros. Desenvolvendo uma atividade, o detento é remunerado com 75% de um salário mínimo mensal, além de obter redução da pena. Para cada três dias de trabalho, um a menos de condenação. Os outros 25% são aplicados em melhorias no complexo carcerário.

Cerimônia de entrega do certificado para a primeira turma do curso de calceteiro - Foto: PMJ/ Divulgação

Por meio de uma parceria entre a unidade prisional e a Companhia de Desenvolvimento e Urbanização de Joinville (Conurb), 40 internos do regime semiaberto realizam serviços em áreas públicas e praças de Joinville. Após cumprirem 40 horas de aulas teóricas sobre jardinagem e calçadas, eles conquistaram os certificados de jardineiro e calceteiro.

Em breve, outros 16 homens concluem o curso de socorrista e estarão habilitados para oferecer resgate e prestar atendimentos. Será a terceira turma de detentos a se formar, depois de frequentar aulas teóricas e práticas sobre a profissão.

Com o intuito de promover a reintegração social dos apenados, o Departamento de Ensino, Saúde e Promoção da penitenciária realiza uma série de projetos. Eles estudam música, participam de encontros com uma equipe multidisciplinar envolvida no tratamento da dependência química e recebem aconselhamento sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).