Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
14/10/12 Dom: Sb 7,7-11 – Sl 89 – Hb 4,12-13 – Mc 10,17-30
Neste 28º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos, mostra que “para Deus tudo é possível”. É a resposta de Jesus aos discípulos missionários quando estes, finalmente, entendem que ninguém pode salvar-se a si mesmo. De fato, somos todos ricos. Não temos a pobreza da criança, indispensável para acolher o Reino. Jesus já nos fez ver nossa relação com os outros e conosco mesmo. Agora, quer nos fazer ver nossa relação com as coisas. O Evangelho é sempre um espelho. Tudo foi criado para nós, para usarmos no amor a Deus e aos irmãos. Amamos a Deus reconhecendo o dom e louvando-o; amamos os irmãos abrindo as mãos e compartilhando. O pecado inoculou em nós o desejo da posse. As coisas tomaram o lugar dos outros e de Deus. O medo da morte, nosso medo mais fundamental, nos leva a procurar as coisas à garantia de vida. Mas, só não o enxergamos porque não queremos, elas garante a satisfação das necessidades que temos, não da ilimitada necessidade que somos. O regime da posse elimina o regime do dom, subverte a relação entre meios e fim, transformando o ser humano em escravo das criaturas, ele que devia ser cuidado, não seu senhor nem seu escravo! Os alertas da Palavra são claros: a avidez pela riqueza é idolatria; o apego ao dinheiro é a raiz de todos os males. Neste texto, sucedem-se três cenas. Na primeira, aparece um rico que, além das boas intenções, parece ter os requisitos para entrar no Reino, menos o principal que é amar a Deus e os irmãos acima de tudo. Ele não conseguiu reconhecer o Senhor como o único bom e libertar-se do ídolo que o escraviza. O apego aos bens o torna cego. Entre Deus e o dinheiro, ele escolheu o dinheiro. No fim, em vez de a alegria de quem encontrou o tesouro, sofre a tristeza de quem sabe que se perdeu. Na segunda, encontramos as declarações de Jesus sobre a impossibilidade da salvação e o espanto dos discípulos missionários. É que somos grandes demais para entrar no Reino das crianças. Não pode um camelo passar pelo buraco de uma agulha! Mas, se reconhecermos isso, tornamo-nos pequenos e a passagem possível. Na terceira, a impossibilidade é transformada em possibilidade. Os discípulos missionários deram o passo necessário para entrar no Reino. O chamamento e a palavra de Jesus os tornaram pequenos e pobres, e eles descobriram o tesouro incalculável pelo qual se deixa tudo. “Hoje a salvação entrou nesta casa!”. Nesta terceira cena, Pedro constata surpreendido que com ele e os demais discípulos missionários aconteceu o impossível. O impossível tornou-se possível. Que maravilha! Sem que percebessem, foi-lhes dado o qual ao rico foi pedido. Por esta ótica, o grito de Pedro não é a ameaça que exige, mas o espanto e o reconhecimento, a constatação da obra Deus na decisão do homem. Jesus continua o ‘Amém’ soleniza a afirmação e afirma na autoridade do próprio Deus que o Reino é para quem deixou tudo por amor a ele. A distinção entre ‘por causa de mim’ e ‘por causa do evangelho’ respeita a diferença da situação histórica: alguns o encontram durante a visita terrena do Nazareno; outros no poder de sua palavra. Há uma contemporaneidade espiritual. O cêntuplo não pode ser interpretado materialmente, senão os discípulos missionários teriam que, de novo, renunciar a ele para podermos entrar no Reino.
15/10/12 – Seg: Gl 4,22-24.26-27.31-5,1 – Sl 112 – Lc 11,29-32
16/10/12 – Ter: GL 5,1-6 – Sl 118 – Lc 11,37-41
17/10/12 – Qua: Gl 5,18-25 – Sl 1 – Lc 11,42-46
18/10/12 – Qui: 2Tm 4,10-17b – Sl 144 – Lc 10,1-9
19/10/12 – Sex: Ef 1,11-14 – Sl 32 – Lc 12,1-7
20/10/12 – Sáb: Ef 1,15-23 – Sl 8 – Lc 12,8-12
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