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Debate a pouco mais de duas semanas do pleito

Quarta, 26 de setembro de 2012

 

 

Realização foi do Diretório Central de Estudantes da Univille

 

Os candidatos a prefeito de São Bento do Sul, Fernando Tureck (PMDB), Flávio Schuhmacher (PSD), Magno Bollmann (PP) e Rogério Fossati Pinto (PSOL), participaram de debate organizado pelo Diretório Central de Estudantes (DCE) da Univille, campus local. O reitor da universidade, Paulo Ivo Koehntopp, destacou em sua fala que o debate “é direcionado ao futuro de São Bento do Sul”. O presidente do DCE, Éliton Debacker, pediu consciência aos estudantes, dizendo: “O que estes homens vão falar aqui pode conduzir nosso município”. Tureck afirmou, de início: “Sempre mostramos uma maneira diferente de fazer política – uma campanha mais ouvindo do que falando” e “ouvindo as necessidades dos bairros”.

Flávio, por sua vez, afirmou que “o mundo anda carentes de novas lideranças políticas”, destacando, como “principal mensagem”, “o enxugamento da máquina”. Flávio ainda comentou que “o público de São Bento do Sul espera por essa mudança há quarenta anos”. Magno frisou que já foi professor da Univille e que também palestrou na universidade, além de registrar que o Centro de Estudos e Pesquisas Ambientais (Cepa Rugendas) também conta com apoio da instituição. “Pegamos o município com desemprego em massa. Superamos essa questão”, afirmou ainda o prefeito, que concorre à reeleição. Já Fossati disse que está “coligado com o povo” e criticou os “três meses de garganta e os quatro anos de barriga” nos governos.

 

 

QUESTIONAMENTOS

A primeira pergunta foi formulada pela Univille, questionando os valores dos repasses a alunos bolsistas. Magno, o primeiro a responder, apenas comentou que foram investidos R$ 350 mil em repasses na forma de bolsas durante quatro anos – e também comentou que em São Bento do Sul estão sendo instalados o Centro de Educação Profissional e o Instituto Federal. Tureck afirmou que “a importância da Univille é inquestionável e sugeriu que um eventual aumento nos repasses “acompanhe o crescimento do município”. Flávio falou em “acrescentar 50% sobre os R$ 80 mil/ano” repassados à universidade. Fossati lembrou que “havendo condições”, seu eventual governo poderá rever os valores repassados.

Em seguida foram lidas as perguntas formuladas por acadêmicos. Magno Bollmann, falando sobre Saúde Pública, frisou que foi “priorizada a informatização” do setor, “chegando a uma redução de custos de até 30%”. Além disso, explicou que o governo municipal trabalha para a instalação de uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento no município e que foram aumentados os números de postos de saúde e de cirurgias eletivas. “Foram 1,7 mil, contra 400 do governo anterior”, disse. Rogério Fossati citou a criação de “três turnos nos postos dos bairros” e, “dependendo do orçamento”, “o remanejamento de horários” para atendimento à população.

Flávio Schuhmacher comentou que “a informatização é fundamental, pois reduz custos”. Ele também argumentou que a qualificação dos funcionários da saúde “deve ser contínua”. O candidato falou que, “reforçando os postos, o hospital fica aliviado” para atendimentos mais específicos. Flávio ainda disse que, caso governe São Bento do Sul, disponibilizará duas unidades móveis de saúde “para ir aos bairros”. Fernando Tureck, por sua vez, citou que o hospital Sagrada Família já registrou 7,5 mil consultas em um único mês, “devido à deficiência da Saúde Primária” em São Bento do Sul. “Que os postos fiquem abertos até às 22:00 – e com médicos”, enalteceu.

 

INFRAESTRUTURA, ECONOMIA E ESGOTO

Outro questionamento focou questões relacionadas à na infraestrutura. “Isso se resolve com uma palavra carente na administração pública: planejamento”, disse Flávio. “Tem que se definir para onde a cidade vai crescer”, analisou. “Não entrou em funcionamento o tal Instituto do Planejamento”, criticou. Tureck disse que a pavimentação, em São Bento do Sul, “está atrasada em relação a municípios vizinhos”. O candidato destacou que, caso seja eleito, será realizada a “Operação Tapete Preto” em São Bento do Sul. “Conseguiremos mais recursos ainda”, disse, frisando que a pavimentação das ruas Mathias Nossol (Serra Alta) e Gustavo Eichendorf (Boehmerwald) foi possível “com a ajuda do deputado (federal) Mauro Mariani”.

Fossati comentou o “planejamento deve estar concentrado na prefeitura” e que “é só o prefeito chamar os funcionários capacitados e fazer”. Segundo Fossati, há prefeitos que “não querem transferir o poder”, conforme suas próprias palavras. “Queremos acabar com esse conflito de interesses”, disse. Magno explicou que o governo municipal está “trabalhando seriamente no Instituto de Planejamento” e que a administração atual asfaltou “o maior número de ruas da história”. O prefeito também falou sobre as obras de saneamento. “Aumentamos em 60% as obras de esgoto”, disse, lembrando, ainda, que está em execução a abertura do chamado Acesso Norte, que ele taxou de “via ecológica”, inclusive devido ao decreto que está em estudo para aumentar a área do Parque 23 de Setembro.

 

TURISMO E ESPORTE

Falando sobre turismo ecológico e cultural, Flávio afirmou que sempre acreditou no potencial turístico municipal. Porém, disse ele, “está faltando uma estratégia de marketing”. Ele acredita que “apenas Curitiba supriria a demanda turística” em São Bento do Sul. Tureck citou “a grande quantidade de belezas naturais” em São Bento e que pretende construir uma Arena Multiuso no município, “para eventos e competições nacionais”. “Outra coisa importante é que precisamos divulgar São Bento do Sul em outros municípios”, falou.

Magno comentou que o governo criou o Festival de Outono e o site turismoemsaobento.com.br, além da criação de quatro linhas de turismo dentro do próprio município. Magno também falou da “Arena Multiuso”, comentando que já existe projeto em Brasília – no valor de R$ 4 milhões. Magno ainda lembrou que domingo próximo, após meses em obras, será reinaugurado o Centro Cultural Dr. Genésio Tureck, “depois de sete anos totalmente adormecido”. Por fim, Magno citou a criação do Roteiro de Cicloturismo das Araucárias, em parceria com Rio Negrinho, Campo Alegre e Corupá. Fossati frisou que “o aproveitamento do turismo tem que ser coletivo” e que “a própria natureza valoriza o turismo em São Bento”. Ele comentou que, embora os prédios históricos estejam identificados, “não há um roteiro para conhecê-los”.

 

“MODALIDADE OLÍMPICA”

Em outro bloco foi levantada a questão esportiva. Flávio citou a “necessidade de se criar um parque para caminhadas e outras atividades” e também que é preciso “disponibilizar áreas de lazer nos bairros”. Flávio lembrou que, no caso do esporte de rendimento, são necessários “recursos maiores”. Ele também adiantou que, caso eleito, definirá uma Lei Municipal de Incentivo ao Esporte. Tureck igualmente falou em “levar o esporte para os bairros, em parceria com as associações de moradores” e levantou a possibilidade de se estabelecer um convênio com a Univille para disponibilizar aulas de Educação Física nos bairros. Tureck ainda disse que, caso governe São Bento, fará um Centro de Atletismo.

Para Fossati, “São Bento do Sul ainda pode definir e identificar uma modalidade olímpica” para Rio’2016. “Por que não definir isto?”, questionou. “Sempre fui apaixonado pelo esporte”, disse Magno, contando que inclusive já foi medalhista nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Ele citou a criação das Academias ao Ar Livre e anunciou que, se reeleito, disponibilizará ambulatórios esportivos e a criação de um ginásio de ginástica ao lado do Annes Gualberto.

 

CANDIDATO PARA CANDIDATO (I)

No último bloco foram feitas perguntas de candidato para candidato. Magno falou a Flávio sobre as obras de saneamento, citando nominalmente o partido da administração anterior. “Durante o governo do PMDB, as obras ficaram oito meses paradas”, declarou, questionando a Flávio se o “atual modelo”, com as obras sendo executadas pelo Samae, são “as ideais”. Flávio respondeu: “Hoje, com o Samae, considero o modelo mais favorável”. Magno perguntou a Fossati sua opinião sobre o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Fossati disse que, no Congresso, “os mesmos partidos daqui estão querendo tirar a possibilidade” de fazer tais pagamentos.

A Fernando Tureck, Magno questionou sua falta de experiência e o fato de “não atender pelo SUS”. Tureck respondeu dizendo que, caso eleito, seu governo “vai ser de portas abertas”, reconhecendo que não tem experiência administrativa mas que considera “um modelo falido” o desempenhado pelo atual governo. Tureck ainda rebateu à provocação de Magno lembrando que é médico plantonista na UTI local, “que tem mais de 90% de atendimentos via SUS”.

Tureck então fez sua pergunta a Fossati, questionando sobre as creches. Fossati explicou que é necessário fazer “um levantamento” para saber a realidade local. Tureck perguntou a Flávio sobre desenvolvimento econômico. “Participei do processo para a vinda de várias empresas”, comentou Flávio. “Mas deve haver uma atenção maior a isso”, ponderou. “É necessária uma política mais agressiva nesse sentido”, comentou, afirmando que pretende “dar um suporte maior aos médios e pequenos”. Magno foi questionado por Tureck a respeito do serviço de oncologia em São Bento. “Sou totalmente favorável, porque temos condição de fazer isso”, respondeu Magno.

 

CANDIDATO PARA CANDIDATO (II)

Flávio perguntou a Fossati sobre a valorização de funcionários. Fossati reconheceu que o Plano de Cargos e Salários “é melhor em relação aos outros”. Ele argumentou, entretanto, que os cargos técnicos merecem maior remuneração. “O adversário político não recebe gratificação”, ironizou Fossati, que é funcionário concursado da Empresa Municipal de Habitação (Emhab). Magno comentou que o Plano de Cargos e Salários “já foi bem pior” e que agora “deu uma melhorada”. Tureck foi questionado por Flávio a respeito de uma “gestão eficiente abrangendo uma grande coligação”.

Tureck afirmou que em seu plano de governo há uma espécie de contrato de gestão, com cargos, metas e compromissos de um eventual secretariado. “Se não houver esse comprometimento, troca-se o funcionário”, registrou. “Não importa o tamanho da coligação – o que importa é como geri-la”. Flávio perguntou a Magno sobre perseguição política. “Eu, particularmente, não sou de perseguir político”, respondeu Magno. “Essa coligação sempre foi bem conduzida – acertamos em cheio nessa coligação”, disse Magno a Flávio, que foi eleito vice-prefeito pela mesma coligação mas depois deixou o governo para entrar em outra sigla. “As razões de você deixar a administração foram pessoais e particulares suas”, disse Magno a Flávio.

Fossati, por fim, quis saber de Magno quantas residências em alvenaria foram construídas pelo governo. “Em torno de quinhentas”, respondeu Magno. Fossati, porém, declarou: “Não houve nem uma residência construída pela prefeitura”. Magno então destacou que as casas “são construídas em parceria”. Respondendo a questionamento de Fossati, Flávio disse que “há necessidades de mudanças” na prefeitura, “mas no modelo de gestão”. “Um governo tem que ser reconhecido pelas suas ações”, explicou. Tureck ainda falou também sobre o setor de habitação, “aumentando a parceria com o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’”, do governo federal.



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