Em um dos primeiros pronunciamentos após a morte de Casemiro Colombo, o governador de Santa Catarina salientou que o pai levou uma vida de muito trabalho e foi um homem justo. Amparado por amigos e familiares, Raimundo Colombo falou brevemente à imprensa durante o velório na Capela São Benedito, em Lages.
_ Meu pai foi um professor da vida. Aprendeu a ler e a escrever sozinho _ disse emocionado.
Raimundo Colombo demonstrou preocupação com mãe, que está com 90 anos, sendo 70 dedicados ao casamento com Casemiro.
_ Não vai ser fácil pra ela. Temos que entregar nas mãos de Deus _ lamentou.
Raimundo Colombo descreveu ainda que seu pai era uma pessoa simples que gostava muito do campo.
Foto: Vani Boza / Agência RBS
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Aos 88 anos, Casemiro Colombo morreu na UTI do Hospital Geral e Maternidade Tereza Ramos na noite deste domingo. Ele estava internado desde o dia 14 de setembro após sofrer duas paradas cardíacas.
Desde a madrugada desta segunda, parentes, amigos e autoridades de todo Estado estão em Lages, na Serra Catarinense, prestando solidariedade à família do governador Raimundo Colombo. Às 15h haverá missa de corpo presente na Catedral de Lages. O sepultamento do corpo de Casemiro Colombo está marcado para às 17h no cemitério Cruz das Almas.
Vida de trabalho no campo
Nascido em Antônio Prado (RS), Casemiro se casou com Tereza na mesma cidade. Desde 1936, o casal negociava farinha na região serrana de SC e municípios do Vale do Itajaí e Norte do Estado. Deixou a cidade natal em abril de 1947 para montar uma casa de comércio em Lages, na Serra Catarinense.
A farinha cultivada no estado gaúcho era vendida às padarias de SC por Casemiro. O transporte de mercadorias era feito basicamente por carroças e mulas. Só depois vieram os primeiros caminhões.
Além da farinha, Casemiro trazia do Rio Grande do Sul carne de porco, linguiça e banha.