Com a liminar, a decisão que cassava o registro de candidatura dos dois, emitida no sábado passado, não terá efeito legal enquanto o caso não for julgado pelo TRE-SC.
— Como a juíza não apreciou o nosso pedido, entramos nesta tarde com uma medida cautelar no TRE. O juiz que estava de plantão deu a liminar que a gente pediu — explica o advogado Mauro Prezotto, que representa a coligação Joinville Melhor Para Todos (PT/PR/PP/PHS/PRB/PCdoB/PTdoB).
No sábado passado, em decisão da juíza Hildemar Meneguzzi de Carvalho, da 19º Zona Eleitoral de Joinville, o prefeito Carlito teve sua candidatura cassada porque teria extrapolado o valor médio gasto com publicidade institucional da Prefeitura de Joinville no primeiro semestre de 2012 no comparativo com os anos de 2009, 2010 e 2011 - pela lei eleitoral, o gasto com propaganda em ano eleitoral não pode ultrapassar a média dos três anos anteriores.
Segundo a decisão da juíza, a Prefeitura de Joinville gastou entre 1º de janeiro e 6º de julho de 2012 o total de R$ 7,3 milhões. Isso superaria a média máxima permitida para os seis meses, que seria de R$ 3,2 milhões, segundo o documento. Para calcular a média de gastos, foi utilizado como critério o valor pago em publicidade em 2009 ( R$ 6,1 milhões), 2010 (7,5 milhões) e em 2011 (R$ 8,3 milhões).
No recurso, o advogado Mauro Prezotto questiona os números e ressalta, baseado em decisões anteriores, que a média a ser verificada deve ser anual e não semestral. O argumento de Prezotto é de que os R$ 7,3 milhões citados na ação correspondem ao valor que deve ser utilizado em publicidade até o fim do ano e não a quantia gasta durante o primeiro semestre de 2012.
Com a decisão suspendendo a cassação, a expectativa do advogado Mauro Prezotto é de que o caso seja analisado pelo TRE-SC ainda nesta semana. O prefeito Carlito Merss, através da assessoria de imprensa, se manifestou rapidamente, falando:
— Eu acredito na Justiça.