Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
Facebook Jornal Evolução       (47) 99660-9995       Whatsapp Jornal Evolução (47) 99660-9995       E-mail

Padre Antônio Taliari

padretaliarigmail.com

Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


Veja mais colunas de Padre Antônio Taliari

Reflexões do Evangelho - 29/07/12 – 17º Domingo do Tempo Comum – Jo 6,1-15

Domingo, 29 de julho de 2012

Neste 17º Domingo do Tempo Comum, o Evangelho trás a multiplicação dos pães! A multiplicação aparece seis vezes nos evangelhos, duas em Marcos, uma em Luca, duas em Mateus e uma em João. Em todos, recebe uma interpretação eucarística. O pão da multiplicação prefigura o corpo de Jesus dado por nós. A eucaristia é o modo próprio de viver do Filho, o alimento de que se nutre quem foi gerado do alto e carrega seu leito. O fato é situado no tempo da Páscoa. Uma grande multidão segue Jesus, para lá do mar, sobre o monte. São alusões ao Êxodo. Jesus lidera o Êxodo definitivo. O ‘mar’ está entre ele e a escravidão da morte. No ‘monte’ se recebe a Palavra que é pão da vida. Nessa travessia, há sempre a ‘tentação’ da desconfiança, da falta de fé: como viver na liberdade, como não perecer no deserto da vida? João quer nos revelar de onde vem e qual é o pão que nos sustenta na existência nova que nos foi dado do alto. A pergunta de Felipe é justamente essa: “De onde vamos comprar pão para eles comerem?”. Parece uma insignificância, mas não é. Esse ‘de onde’, com efeito, aparecem em varias outras ocasiões no Evangelho de João. A mulher samaritana não sabe ‘de onde’ vem a água. Nicodemos não sabe ‘de onde’ vem o vento. O mordomo não sabe ‘de onde’ vem o vinho. E, agora, na multiplicação, Felipe não sabe ‘de onde’ virá o pão. “De onde” é pergunta pela origem e, portanto, pela natureza profunda. Na verdade, esse pão se compra sem dinheiro e, diferentemente dos outros, sacia e faz viver. É o próprio Jesus, o Filho que se dá aos irmãos e os coloca em comunhão de vida com o Pai, o seu Pai e nosso Pai. Aqui, como em outros lugares do Evangelho, o evangelista joga com equívocos, com mal-entendidos. Ainda antes, no caso de Nicodemos, jogou com o equívoco do ‘nascer’. Em relação à Samaritana, jogou com o equívoco da ‘água’. Todo equívoco surge de um duplo sentido: uma palavra tem um significado comum, mas também outro, mais profundo, mais importante, porém escondido, que precisa ser descoberto. O primeiro significado é sinal do segundo. Nessa capacidade de leitura simbólica da realidade, está a pequena diferença entre o homem e o animal. As coisas não são o que são, mas também uma referência a outra realidade. São sinais. Quem não tem essa antena simbólica para captar essa outra realidade não entende as coisas de Deus nem as humanas. Nesse sentido, por exemplo, só o ser humano é capaz de viver a relação com o alimento e com o sexo de maneira não-animal: entre os animais, são coisas a possuir para viver; entre os seres humanos, são realidades a serem doadas por amor. Na ótica de Jesus, o ser humano perde a vida quando a possui e a ganha quando a perde.

Oração e Bênção: Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, curando as nossas doenças, sarando as nossas feridas, aliviando as nossas dores, perdoando os nossos pecados e enchendo os nossos corações de Paz!

 

Seja fiel, ofereça o Dízimo! 



Comente






Conteúdo relacionado





Inicial  |  Parceiros  |  Notícias  |  Colunistas  |  Sobre nós  |  Contato  | 

Contato
Fone: (47) 99660-9995
Celular / Whatsapp: (47) 99660-9995
E-mail: paskibagmail.com



© Copyright 2025 - Jornal Evolução Notícias de Santa Catarina
by SAMUCA