A estrada é assim mesmo, cheia de solavancos. No caminho que leva ao ouro olímpico, não dá para exigir asfalto liso ou tapete vermelho. E a seleção feminina de vôlei sente isso na pele em Londres. Quatro anos antes, foi ao topo em Pequim e mudou seu status no cenário mundial, mas a glória passada não vem carimbada na credencial desta vez. Tudo zerado, assim como as trombadas da primeira fase também zeram na virada para as quartas de final. E o mundo viu outro Brasil nesta terça-feira. Vibrante, buscando cada ponto. E vencendo. Diante de uma gigante Rússia, com metros e mais metros de braços longos, a equipe verde-amarela caiu no primeiro set, ficou atrás de novo no terceiro, mas se mostrou enorme. Agigantou-se e ganhou de forma dramática no tie-break (24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e um inacreditável 21/19), vingou a derrota na decisão do Mundial de 2010 e engatou a sexta marcha. Próxima parada: semifinais, a dois passos do bicampeonato olímpico.