A polícia ambiental de Joinville esteve nesta sexta-feira na localidade do Rio Natal, em São Bento do Sul, para avaliar os danos causados por um novo descarrilamento de trem, que ocorreu na terça-feira. A polícia tomou conhecimento do segundo caso depois que fiscais da secretaria de Meio Ambiente de São Bento do Sul chegaram ao local para fazer vistorias.
Esse é o segundo acidente com trens da ALL em menos de quinze dias. O primeiro ocorreu no dia 19 de julho com uma carga de soja em 27 vagões e oito locomotivas.
Os policiais devem divulgar até segunda-feira um relatório apontando se haverá mudanças na penalidade. Nessa segunda vez, sete vagões descarrilaram, mas apenas um tombou. Até a tarde desta sexta a carga de milho ainda estava espalhada no local, que é área de preservação ambiental de São Bento do Sul.
A composição saiu de Rio Negro, no Paraná, em direção ao porto de São Francisco do Sul. Segundo a assessoria de imprensa da ALL, a empresa não informou as autoridades porque o acidente aparentemente não tinha derramado carga.
Sobre o milho que até a tarde de sexta-feira estava espalhado, a assessoria disse que o conteúdo é proveniente do transbordo. Ou seja, o milho foi retirado de forma manual do vagão e parte dele se espalhou nos trilhos. Uma sindicância deve ser aberta pela empresa para apurar os fatos.
Pelo primeiro acidente, a empresa recebeu uma multa de R$ 700 mil da polícia ambiental, mas cabe recurso. A multa foi aplicada por causa de um derramamento de óleo diesel e soja no Rio Vermelho. Além do processo administrativo, a ALL também responde a um processo penal movido pelo Ministério Público de Santa Catarina. A sindicância que apura o primeiro acidente ainda não foi concluída.
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