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Goleiro da Seleção Brasileira nas Olimpíadas tem torcida da família de Rio Negrinho, SC

Quinta, 26 de julho de 2012

 

Neto é filho de ex-goleiro do JEC e vai defender o brasão da CBF pela primeira vez

A cidade de Rio Negrinho, no Planalto Norte, está na torcida por um cidadão ilustre: o goleiro Neto, mais novo titular da Seleção Brasileira. Filho do ex-goleiro do JEC, Norberto Antonio Murara, o Betão, que conquistou sete títulos pelo Joinville, Neto seguiu os passos do pai, contornou desafios aparentemente intransponíveis e, aos 23 anos, conseguiu realizar o sonho de todo jogador: ser o titular da Seleção.

A primeira convocação veio aos 19 anos, mas nesta quinta-feira, na estreia da seleção nas Olimpíadas de Londres, será a primeira vez que Neto entrará em campo, sentirá a emoção de ouvir o hino nacional e de defender o brasão da CBF, sabendo que a família estará torcendo por ele, na casa onde passou a infância, em Rio Negrinho.

O chamado veio junto com uma notícia triste, já que o então titular, Rafael Cabral, do Santos, foi cortado por causa de uma contusão.

— A gente sente pela família do Rafael, se coloca no lugar deles, mas fazer o que, a desgraça de um, às vezes, é a sorte de outros — diz o pai, Betão, que não consegue conter no peito a emoção de ver o filho brilhar vestindo a camisa da Seleção.

— Não sei se meu coração vai aguentar — brinca o pai.

— O dia da convocação para as Olimpíadas acho que foi o mais angustiante de toda a minha vida — lembra.

A lista do técnico Mano Menezes foi lida em ordem alfabética e até chegar no "N" a família mal conseguiu respirar. Foi quando a leitura do nome "Neto" liberou o grito de alegria, compartilhada com vizinhos e amigos que torcem por Neto desde as categorias de base do Cruzeiro e do Atlético/PR.

E toda essa torcida deve se reunir a cada jogo, na casa de Betão, para assistir às partidas. Nesses dias, a padaria da família, no centro de Rio Negrinho, vai fechar as portas, mas a clientela já sabe que será por uma boa causa.

— Os amigos vêm, trazem carne, bebida, e é sempre aquela festa. Mas eu nem participo, prefiro ficar quieto no canto, só assistindo ao jogo, porque quanto a gente está olhando é como se estivesse abençoando — diz.

— Já a minha mulher fica tão ansiosa que nem assiste, ela só passa pela frente da TV, de tempos em tempos, para ver como está o jogo e já volta para a cozinha — revela.

Com relação à expectativa para a competição, os pais e o irmão Gabriel têm a mais absoluta certeza de que Neto aproveitará essa oportunidade para mostrar seu valor e honrar a camisa.

— Ele vai superar tudo, até o tempo que ficou sem treinar (já que está de férias do futebol italiano) para dar o melhor dele em campo — garante o pai.   

Após começo difícil, o menino pequeno para a idade cresceu, e virou um grande goleiro A carreira de Norberto Murara Neto, o menino Neto, começou cedo.

— Desde muito pequeno a gente reparava que ele era habilidoso — conta o pai.

Aos 12 anos, Neto começou a desenvolver esse dom na escolinha de futebol da Tigre, em Joinville.

— Eu mesmo fazia as vezes de preparador de goleiro — conta Betão.

Foi então que surgiu a oportunidade de participar de um teste para entrar nas categorias de base do Cruzeiro.

— Lembro que ficamos na dúvida, por ele ser muito pequeno, mas ele sempre foi muito maduro e decidimos apostar — lembra o pai.

Com apenas 12 anos, Neto embarcou sozinho num avião para Belo Horizonte e um amigo de Betão o esperou no aeroporto para levá-lo para participar da peneira. O resultado foi surpreendente.

Mesmo não tendo a altura de outros goleiros da sua idade, com apenas 1,62 metro, Neto impressionou o treinador com belas defesas e conquistou sua vaga. Mas tempos depois, começaram as cobranças.

— Ele apresentava um problema com a altura e acho que a cobrança só contribuiu para bloquear, psicologicamente, o crescimento — acredita o pai.

Neto então decidiu deixar o Cruzeiro e buscar uma nova oportunidade, desta vez no Atlético Paranaense. Lá, as cobranças com relação à altura voltaram a rondar o atleta, até que o pai aconselhou o time a providenciar um exame médico para avaliar o quanto Neto iria crescer.

— O médico disse que ele atingiria até 1,93 metro, e dali para frente ele só cresceu e deslanchou na carreira — relembra o pai.

Previsão que, anos depois, se cumpriu. Neto tem hoje 1,93 metro e está entre os goleiros mais bem cotados do País. Prova disso é que, depois de participar de uma boa campanha pelo Atlético/PR em 2010, quando o time ficou em quinto no Campeonato Brasileiro, ele teve o passe negociado com o Fiorentina, da Itália, numa transação de R$ 5,5 milhões.

— Foi o terceiro goleiro mais bem vendido do Brasil — conta Betão, orgulhoso.



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