Joinville - Despertar o público para diversas questões humanas e apresentar uma maneira diferente de dançar, misturando outras formas de arte. Essa é a essência da Mostra Contemporânea de Dança, que vai acontecer entre os dias 19 e 27 de julho, ocupando outros lugares além do Teatro Juarez Machado, como o espaço entre a Feira da Sapatilha e o Centreventos Cau Hansen e a Praça da Bandeira.
Este ano, a Mostra Contemporânea vai contar com 10 grupos, incluindo o francês Cie. À Fleur de Peau, que vai apresentar o espetáculo “Villa-Fantaisie Onirique”. Os outros grupos vêm do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Ceará, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina.
A Renato Vieira Cia. de Dança traz a Joinville, dia 19 de julho, às 22h, o espetáculo “Rizoma”, que une o clássico ao contemporâneo e explora a densidade teatral. Um dos diferenciais da apresentação é a união entre a obra de Maurice Ravel e do filósofo Gilles Deleuze. A tensão entre os corpos também é um dos destaques do espetáculo.
No mesmo embalo, os cearenses da Cia. Dita, de Fortaleza, apresentam o corpo como uma mídia que está em constante movimento e mutação, no espetáculo De-vir. Serão realizadas quatro performances durante a apresentação, que acontece no dia 22 de julho, às22h.
Enquanto isso, a Focus Cia. de Dança, do Rio de Janeiro, no dia 24 de julho, às 22h, vai embalar o público ao som do Rei Roberto Carlos, com umpout-pourri de 72 músicas do artista. O espetáculo “As canções que você dançou pra mim” é interpretado por quatro casais.
O espetáculo “Interlúdio”, da J. Garcia. Cia. de Dança Contemporânea, de São Paulo, aposta no humor sarcástico e debochado para encantar o público. No espetáculo, que será encenado no dia 25 de julho, às 22h, quatro mulheres buscam suas principais características e, a partir daí, seus corpos ganham movimentos próprios.
Dançando em casa, no dia 25 de julho, às 22h, Cosme Gregory vai levar ao público uma reflexão sobre o silêncio com a obra “O silêncio da casa”. Os elementos particulares que compõem nossa rotina fazem parte do roteiro, mostrando que o silêncio pode falar.
Vindo de Salvador, João Rafael vai surpreender o público com a apresentação “Bolero de 4”, misturando técnicas esportivas da bicicleta BMX com os princípios da dança. Com isso, o artista consegue construir discursos e uma linguagem própria. Serão três apresentações, no dia 26 de julho, ao meio dia no espaço entre a Feira da Sapatilha e o Centreventos e às 15h na rua 9 de março, esquina com a avenida Juscelino Kubitscek. A última apresentação está marcada para o dia 27 na Praça Nereu Ramos.
Com o objetivo de problematizar a relação do homem com o carro, os artistas da Strondum, de Uberlândia, Minas Gerais, promovem uma intervenção urbana interagindo com uma carcaça de carro no meio da cidade. Na obra “Carcaça parte 2”, a improvisação também faz parte do espetáculo. O público terá três oportunidades para conferir a apresentação. No dia 26 de julho, às 14h e às 17h, no espaço entre a Feira da Sapatilha e o Centreventos e no dia 27 na Praça da Bandeira.
O processo de dominação do homem branco sobre os negros trazidos da África e a luta dessa população para propagar sua cultura e conseguir a emancipação é a essência da obra “Casa de Ferro”, que será apresentada pelo Grupo Estado Dramático, de Salvador, Bahia, no dia 26 de julho, às 22h.
O grupo Couve-Flor Minicomunidade Artística Mundial de Curitiba sobe ao palco do Teatro Juarez Machado no dia 26 de julho, às 22h, para apresentar o espetáculo “Cavalo”. Na obra, a artista se utiliza de elementos como a própria voz modificada para provocar o público, transformando a percepção do corpo e do espaço.
O convidado internacional desta edição é o grupo Cie. À Fleur de Peau, que vai apresentar em Joinville, no dia 27 de julho, às 22h, o espetáculo “Villa-Fantaisie Onirique”. A obra é uma homenagem ao compositor Heitor Villa-Lobos. A coreografia é baseada nas composições do músico, mergulhando no aspecto matemático da partitura musical.
Patrocinadores
A 30ª edição do Festival é apresentada pelo Banco Itaú, que desde 2008 tem apoiado este grande encontro de bailarinos. E pelo Ministério da Cultura por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Tem o patrocínio do Governo do Estado por meio do FUNCULTURAL, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Tractebel Energia e Grupo RBS.
Tem a colaboração da Folha de São Paulo e a promoção da Fundação Cultural de Joinville e Prefeitura Municipal de Joinville.
A realização é de responsabilidade do Instituto Festival de Dança.
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