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Padre Antônio Taliari

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Padre Antônio Taliari

Jornalista (DRT 3847/SC)

Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR


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Reflexões do Evangelho - 20/05/12 – Domingo da Ascensão do Senhor – Mc 16,15-20

Domingo, 20 de maio de 2012

Este final do Evangelho de Marcos, ainda que não seja canônico, ou seja, faz parte dos textos que entraram no cânon dos livros inspirados, não é de Marcos. É de algum copista que, considerando inacabado o Evangelho, ou achando que se perdera a última página do códice que o continha, achou por bem acrescentar-lhe este ‘segundo’ final. Um respeitável estudioso de Marcos escreveu ainda na metade do século passado, que Mc 16,9-20 “é uma autêntica relíquia da primeira geração cristã” (Swete). Na verdade Mc 16,9-20 é uma composição, quase uma colcha de retalhos, com elementos tirados de Lucas, Mateus e Atos dos Apóstolos e até mesmo, possivelmente, de João. Aliás, pode ser muito bom que o copista não tenha tirado esses elementos diretamente dos Evangelhos de Lucas, Mateus e João, mas do ‘patrimônio comum’, oral e ou escrito, onde esses elementos também se encontravam. Mc 16,9-20 contém um resumo das aparições do Ressuscitado e uma síntese da teologia do anúncio, tudo relido a partir da ótica querigmática do Evangelho de Marcos. Concretamente, este texto refere a três aparições do Ressuscitado: a Maria Madalena, a dois discípulos missionários no campo, aos Doze à mesa e uma ascensão. As mulheres estavam paralisadas pelo medo e não tinham condições de falar. A aparição a Maria Madalena, entretanto, leva-a à fé. Sepulcro vazio e aparição estão inter-relacionados. Se o encontro do sepulcro vazio produz assombro e paralisa, o encontro com o Ressuscitado desemboca na fé, no reconhecimento e na adoração. Contagiada pela experiência do encontro com o Esposo, a esposa não cabe em si de contentamento e compartilha com os outros discípulos missionários a notícia que transformou sua vida. A fé não pode calar. É pé que corre. É testemunho que vira narração. É palavra que se faz pregação. Os discípulos missionários, porém, não creem. As razões podem ser várias. Palavra de mulher não merece fé. Testemunho de uma pessoa só não vale. A fé é atitude tão decisiva que requer uma experiência pessoal, e experiência não se delega: cada um tem que fazer a sua. Não existe fé por procuração ou delegação. Os discípulos missionários, na verdade, começam a crer quando dois deles se veem envolvidos na mesma experiência de Maria Madalena. A fé tem uma espessura comunitária. É ao mesmo tempo pessoal e grupal, minha e nossa, de cada um e de todos. Os casos dos que se recusaram a crer com base à palavra de outros são uma chamada de atenção àqueles, que são milhares, milhões, também nós, que serão convidados a crer baseados nas palavras dos discípulos missionários. “Felizes os que acreditaram sem ter visto”. Finalmente, Jesus aparece aos Onze, censura-os por não terem acreditado e os envia a todo o mundo a anunciar o Evangelho. Jesus envia os discípulos missionários como ele próprio foi enviado. A fonte da missão é o Pai, na sua misericórdia por todos os seus filhos. O Filho é o primeiro enviado porque o ama e conhece. Depois dele, são enviados por ele e como ele aqueles que o reconheceram como irmão. A Igreja é apostólica porque chamada a continuar a obra de Jesus, que, com a missão dos Doze a Israel e dos setenta e dois a todos os povos, constitui uma única missão. Seja fiel, ofereça o Dízimo!



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