Prefeito conhece penitenciária de Joinville

São Bento - Referência nacional na recuperação de apenados, a penitenciária industrial Jucemar Cesconetto, localizada em Joinville, foi visitada nesta terça-feira, dia 29, pelo prefeito de São Bento do Sul, Magno Bollmann. O convite para a visita partiu do comandante da Polícia Militar de São Bento do Sul, Coronel Amarildo de Assis Alves, tendo em vista o fato de São Bento do Sul ter interesse em construir um presídio no município. Acompanharam ainda a visita o secretário-executivo da Acisbs (Associação Empresarial de São Bento do Sul), Marcelo Cavinatti, o presidente do Conselho Municipal de Segurança, Eliel de Campos, e o Chefe de Gabinete da Prefeitura, Cláudio Schultz.

O destaque da penitenciária é o modelo industrial adotado. Lá, uma parceria público-privada garante trabalho e ensino aos apenados, que atualmente totalizam 365. Destes, 324 trabalham em uma das 16 empresas internamente instaladas. “Cada preso tem seu salário pelo trabalho, dos quais 75% são seus e os 25% restantes vai para o fundo rotativo, que é utilizado para reequipar e melhorar a infraestrutura da penitenciária”, explica o policial militar Richard Harrison Chagas dos Santos, diretor da penitenciária de Joinville.

Lá, o espaço é totalmente salubre em todos os setores, contrastando com as imagens costumeiramente vistas nos demais presídios e penitenciárias Brasil afora. A disciplina, e as oportunidades de capacitação e formação, tem mostrado resultado. Prova disso é o índice de apenas 12% de reincidência  dos apenados que cumpriram pena na penitenciária joinvillense, que comprova a eficiência do modelo quando comparado aos quase 80% de reincidência das demais penitenciárias brasileiras. “Pode construir a melhor penitenciária do mundo. Se não tiver disciplina e trabalho não vai haver recuperação do apenado” afirma Richard.

Para o prefeito Magno Bollmann, realmente o modelo adotado em Joinville é referência e é o que melhor se encaixa para os anseios de São Bento do Sul. “Teremos com certeza um presídio em São Bento e queremos que os presos não fiquem ociosos. Não queremos apenas um depósito de gente, mas sim um local onde eles possam ser recuperados. Nosso empresariado já disse que está disposto a colaborar e o que vemos em Joinville é exatamente o modelo que queremos para nossa cidade”, disse Magno.

Autosuficiente

Um dos principais destaques da penitenciária de Joinville é o chamado fundo rotativo. Ele é formado por 25% do valor arrecadado pelos apenados com seu trabalho e que é utilizado para equipar, ampliar e melhorar a infraestrutura do local. “Quando assumi em 2006 tínhamos apenas cinco computadores. Hoje todas as salas da área administrativa estão equipadas e há ainda um laboratório de informática para os detentos. Temos biblioteca e uma série de outros benefícios custeados pelo fundo”, relata o diretor. Além do valor monetário pelo trabalho – que é destinado à família do apenado – cada três dias trabalhados reduzem um dia da pena.