Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
Depois da metáfora de Jesus-videira e dos discípulos missionários-ramos, unidos vitalmente a ele, Jesus diz que permanecer nele é praticar o seu mandamento, que é o amor mútuo. Mas antes de chegar a essa conclusão, que, porém, é a conclusão dos versículos de 7 a 17 do capito 15 do Evangelho de João, Jesus insiste na permanência no seu amor através da obediência aos seus mandamentos, para que a alegria dos discípulos missionários seja completa. Trata-se de uma densa instrução ao povo da nova aliança, para que entenda a novidade de vida à qual é chamado e não caia na vanglória nem na presunção do povo da primeira aliança. São palavras de conforto e de alerta aos discípulos missionários. O Espírito Santo os une, sim, ao Cristo glorificado, mas eles precisam permanecer unidos a Ele também mediante a observância dos mandamentos. A observância dos seus mandamentos é, ao mesmo tempo, a raiz e o fruto de toda fecundidade! Nesses poucos versículos aparece três vezes a palavra ‘permanecer’. Esse verbo em João lembra relações, afetos, amor. A gente mora onde o coração está. A gente mora onde ama. Sente-se em casa em quem a gente ama. A união com Deus, pelo Filho, no Espírito Santo, não é um vago afeto, uma especulação esotérica ou uma iluminação intelectual. A união com Deus é vida concreta, gasta no amor pelos irmãos e irmãs. No amor, as palavras são importantes, os sentimentos também, mas o que decide mesmo são os afetos. A fé é inseparável do amor, e o amor não existe sem afetos. Vamos, de novo, ao nosso levantamento vocabular. ‘Produzir frutos’: sete vezes. ‘Amar’: cinco vezes. ‘Amor’: quatro vezes. ‘Amigos’: três vezes. ‘Alegria’: duas vezes. Comentando o ‘quadro’: a união com Deus produz fruto, o fruto do amor, que nos torna seus amigos e participantes de sua alegria. A alegria é o ponto de chegada da manifestação de Deus e a realização dos desejos do ser humano! Seja fiél, ofereça o Dízimo.
ORAÇÃO PELAS MÃES
Ó Deus, nós te louvamos e pedimos tua bênção sobre as mães. Nós te agradecemos por aquelas que nos deram à luz com sofrimento e nos amam, ainda mais, pela dor que lhe causamos. Que nos alimentaram com seu seio e nos ninaram até dormirmos no calor e na segurança de seus braços. Nós te agradecemos pelo seu amor incansável, e por suas orações sem palavras; damos te graças porque elas nos seguiram, embora sofressem, através dos nossos erros e nos trouxeram de volta. Nós pedimos que nos perdoes se, com um egoísmo inconsiderado, nós desfrutamos de seu amor como direito nosso, sem lhes dar a ternura pela qual elas ansiavam como única recompensa. E se temos o tesouro que é uma mãe ainda com vida, que possamos fazer por sua fraqueza aquilo que ela fez pela nossa. Lembramo-nos de todas as mulheres que estão agora suportando a dor e o cansaço da maternidade. Dá-lhes forças físicas e espirituais para essa nova tarefa. Amplia seus horizontes para que elas se vejam não apenas como mães de uma criança, mas como mulheres que podem construir um futuro melhor para o nosso país, com vidas novas e puras. Que as nossas jovens se conscientizem de que poderão ser mães no futuro, e possam preservar a pureza e energia de seus corpos e mentes para a tarefa sagrada para a qual o futuro talvez as chame. Abençoa com graça especial, nós te pedimos, aquelas mulheres que desejam ser mães, mas que não terão essa alegria. Ajuda-as a vencer a amargura do desapontamento, e a achar uma expressão para o seu amor maternal sufocado, dando-o a todos os corações solitários e órfãos desta tua grande família aqui na terra. Que teu amor protetor de mãe, possa agora tirar a humanidade do reino da força bruta e levá-la a fundar a grande família humana, no poder do amor. Amém!!