Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
EVANGELHO: (Ler na Bíblia: Jo 10,11-18)
O discurso de Jesus visa àqueles fariseus cegos que pretendem serre os guias ou pastores do povo. Jesus quer iluminá-los para que percebam a feiura do que fazem e fazem os outros fazer. Jesus se apresenta como a porta que conduz à vida, o pastor que conduz à liberdade. Ousadia? Não. Ele é o Filho, que veio conduzir os irmãos das trevas e da morte para a verdade e a vida. Os fariseus, postados diante dele depois da cura do cego de nascença, são falsos pastores: oprimem e exploram o rebanho, perseguindo e punindo quem venha a sair de seu cerrado controle. Hoje, ninguém quer ser ‘ovelha’ obediente a um ‘pastor’. Não somos animais, programados pelo instinto. Somos livres, não programados pela inteligência. Não somos constrangidos pelas necessidades, que transformamos em desafios, mas movidos pelo desejo daquilo que transformamos em necessidade. Por natureza somos cultura. Nossa natureza é abrir caminhos novos e acreditar no progresso. Hoje, infelizmente, a cultura se tornou tão dominadora quanto à natureza. Os espaços para a liberdade são cada vez menores. Os pastores que temíamos reaparecem travestidos dos nossos modelos culturais. Pensamos ser livres, mas, talvez, nunca fomos tão escravos. Se, no passado, rejeitávamos a lei sabendo por qual mais forte tinha sido ditada, hoje, nem mesmo a queremos recusar, pensando ter sido elaborada por um dos nossos. Na verdade, a lei é sempre ditada pelo mais forte, que se impõe por ser capaz de eliminar quem se opõe. Queiramos ou não, somos dominados pelo pastor dominante, pelo modelo vencedor, saibamos ou não quem é! Jesus propõe um modelo alternativo. Convida o ser humano a arriscar a sua vida, chamando-o a tornar-se como Deus. Propõe não imitar os desejos de outro, mas o de Deus, que é Pai, não é rival de ninguém, mas princípio de vida e de liberdade para todos. Fazendo como ele, tornamo-nos filhos, adultos e iguais a ele, como sempre desejamos, mas sempre nos disseram que era proibido. O engano originário, justamente por isso, sempre presente, foi pensar Deus como nosso antagonista e, nesta condição, tê-lo tomado como modelo, tornado a vida impossível. Jesus se apresenta como o Filho que conhece o amor do Pai e compartilha seus desejos. Ele quer o que o Pai quer: vida e liberdade para os irmãos e irmãs. Por isso, apresenta-se como o bom pastor, ‘belo pastor’, pastor verdadeiro em contraposição aos pastores feios e falsos, ficha suja, que nos submetem, sobretudo quando não os conhecemos. Devemos segui-los, parece uma contradição, mas ‘devemos’ sim, para nos tornarmos seus filhos e filhas, irmãos e irmãs entre nós. Não há outro modo de sairmos das trevas em que pensamos estar livres, e chegarmos à luz da verdade, que nos torna verdadeiramente livres. A uma cultura de competitividade, rivalidade e violência, contrapõe-se uma cultura de fraternidade, solidariedade e amor. A vida boa e bela que Deus sonha para nós, finalmente, pode florescer.
Oração e Bênção: Que o Senhor nos abençoe e nos guarde, curando as nossas doenças, sarando as nossas feridas, aliviando as nossas dores, perdoando os nossos pecados e enchendo o nosso coração de Paz!
30/04/12 – Seg: At 11,1-8 – Sl 41 – Jo 10,1-10
01/05/12 – Ter: At 11, 19-26 – Sl 87 – Jo 10,22-30
02/05/12 – Qua: At 12,24-13,5a – Sl 67 – Jo 12,44-50
03/05/12 – Qui: At 13,13-25 – Sl 89,1-27 – Jo 13,16-20
04/05/12 – Sex: At 13,26-33 – Sl 2 – Jo 14,1-6
05/05/12 – Sáb: At 13,44-52 – Sl 98 – Jo 14,7-14
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