Análise foi feita pelo presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, no Workshop Internacional SENAI de Logística
Balneário Camboriú - Mais do que qualquer outro fator da economia, são dos custos logísticos, decorrentes da precariedade da infraestrutura que os empresários mais reclamam. A afirmação foi feita pelo presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, na abertura do Workshop Internacional SENAI de Logística, nesta quarta-feira, dia 16, em Balneário Camboriú. "As reclamações surgem em qualquer ponto do Estado, principalmente por causa da infraestrutura de transportes, em qualquer ponto do Estado", salientou.
No evento, a professora Mônica Luna, da UFSC, observou que a oferta de serviços logísticos vem crescendo em tamanho e qualidade no Brasil e, ainda mais, em Santa Catarina. De 2006 a 2010, o número de trabalhadores em serviços logísticos cresceu na ordem de 45%. "Santa Catarina cresceu acima da média, na ordem de 49%". Uma das atividades que mais cresceu foi o setor de armazenagem. Neste caso, a média brasileira foi de 45,2%, enquanto a média catarinense foi de 75%. "Neste caso, os serviços agregam valor, pois quem terceiriza o armazenamento conta com serviços adicionais, como consolidação e monitoramento de cargas, separação de produtos, preenchimento de pedidos e uma série de outros serviços. Há um aumento do valor agregado nos serviços", salienta.
`Futuro demanda produtos personalizados, mas que reduzam consumo de recursos em 30%'
Mesmo sem saber qual será o resultado final, duas grandes companhias alemãs já compraram a patente de um veículo autônomo, como o que foi visto na versão original da saga Guerra nas Estrelas (Star Wars). A pesquisa sobre o carro está em andamento no Instituto Fraunhofer de Fluxo de Materiais (cuja sigla na língua germânica é IML), da cidade alemã de Dortmund. O carro autônomo, segundo Toth, é uma pesquisa para além de cinco anos. Mas ele citou outras pesquisas em desenvolvimento no instituto para prazos mais curtos e com menor teor de ficção científica. É o caso das perdas de frutas e legumes na Inglaterra, que chega a 50% de produção, representando 17 milhões de toneladas e 20 milhões de euros por ano.
Toth explicou que a solução para esse desperdício passa pela organização de cadeias de suprimento que permitam o fornecimento sustentável, da produção ao consumo. As soluções, segundo ele, devem intensivas em tecnologia, contendo, por exemplo, sensores de temperatura e com o desenvolvimento de embalagens especiais, sem ar. "Para que não haja desperdícios com o transporte caro de produtos estragados, o controle de qualidade deve começar mais cedo, no início do processo", salientou o pesquisador.
Toht salientou que a logística "precisa se preocupar com a sustentabilidade social, econômica e ambiental". Segundo ele, "o desafio é produzir e entregar, para uma população que cresce e envelhece, produtos cada vez mais individualizados e personalizados, consumindo 70% dos recursos consumidos atualmente". Para suprir essa demanda, o Instituto Fraunhofer desenvolve pesquisas como, por exemplo, de estações de entrega de encomendas pessoais. Ou seja, os pesquisadores apostam que as pessoas voltarão a retirar correspondências ou pequenas encomendas num determinado ponto do bairro ou da cidade. "A parte final da entrega é muito difícil", afirmou. O consultor defendeu também que a logística pode contribuir decisivamente para reduzir os efeitos da crise econômica que afeta a zona do Euro.
Outro foco de pesquisas do instituto é voltado para o suprimento de indústrias que originalmente se instalaram longe de centros urbanos, mas que gradativamente foram sendo integradas às cidades, que se expandiram. "Em muitos casos, não é possível usar caminhões grandes. É preciso pensar em cadeias de fornecimento não poluentes, sem r