Às vésperas da Conferência Rio+20, em junho no Rio de Janeiro, pesquisadores e autoridades da Venezuela promovem uma semana de debates na Universidade Nacional Experimental, na região de Cojedes. Serão fóruns, palestras e discussões no 3º Congresso de Diversidade Biológica, de 22 a 26. A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 3 mil pessoas nos debates.
A partir desse congresso, a Venezuela prepara sua exposição na Rio+20. A Venezuela é o décimo país no mundo com o maior número de espécies naturais, segundo especialistas, registrando cerca de 140 mil - animais, plantas, microorganismos e várias categorias de vida.
O diretor-geral do Ministério da Biodiversidade e Meio Ambiente e organizador da conferência, Jesus Manzanillo, disse que participarão das discussões cientistas, professores, estudantes e integrantes da sociedade civil organizada. "Queremos estabelecer mais integração da sociedade com a biodiversidade, o resgate das elites econômicas e científicas", acrescentou.
Segundo Manzanillo, o objetivo é integrar as pesquisas em curso e a sociedade. Como exemplo, citou os resultados de estudo feito com as fibras do abacaxi e seus efeitos sobre a economia venezuelana. Ele lembrou que a década de 2000 a 2010 foi considerada um “fracasso” porque as metas definidas pelas Nações Unidas não foram alcançadas pelos países.
“[Com] o cenário sombrio, a Venezuela decidiu ir além, definindo o Dia da Diversidade, quando fazemos conferências anuais. Para a década 2011-2020, as Nações Unidas querem marcar 20 gols. Em 2015, os países devem desenvolver uma estratégia para a preservação da biodiversidade. Podemos dizer com orgulho que a Venezuela já definiu essa estratégia ", disse Manzanillo.
Fonte: Agência Brasil