Uma operação contra fraudes em licitação e crimes contra administração pública resultou em pelo menos 18 prisões em Santa Catarina. Segundo o Ministério Público do Estado (MP-SC), entre os presos estão 11 agentes públicos. A ação também investiga crime de formação de quadrilha.
Além das prisões, foram apreendidos documentos, dinheiro e computadores nas cidades de Anita Garibaldi, Cerro Negro, Porto Belo e São Joaquim. A operação, batizada de "Bola de Neve" envolve os Grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaecos), força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, policias Civil e Militar e Secretaria Estadual da Fazenda.
Ao todo foram expedidos pela Justiça 30 mandados de prisão e 52 de busca e apreensão. As ordens estão sendo cumpridas desde segunda-feira pelos Gaecos da Capital, Lages, Itajaí, Joinville, Criciúma e Chapecó. Também ajudam no cumprimento dos mandados a Policia Civil (Deic, PC de São Joaquim e Lages), Polícia Militar (ACI e PM de Lages) e do Instituto Geral de Perícias (IGP).
As investigações, que começaram há oito meses pela Comarca de São Joaquim, apuravam eventuais irregularidades em licitações vinculadas a aquisição de serviços de reparo, manutenção e entrega de peças de veículos e máquinas pesadas. No decorrer dos trabalhos surgiram indícios da ocorrência da prática de todos os crimes tanto em São Joaquim como nas prefeituras de Anita Garibaldi, Cerro Negro e Porto Belo.
A operação recebeu o nome de "Bola de Neve" em decorrências das supostas fraudes em um dos municípios mais frios do Brasil e da sua possível extensão para outros municípios fazendo o efeito bola de neve.