São Bento - No município de São Bento do Sul, a Prefeitura através da secretaria municipal de agricultura eum projeto do governo federal através convênio com o Ministério da Ciência e Tecnologia,realizou investimentos na ordem de R$ 145.000,00 na construção de 10 estufas que foram distribuídas gratuitamente para produtores do município.
“Quando o programa iniciou tivemos uma grande dificuldade para conseguir os dez agricultores para receber as estufas. Mesmo sendo gratuito, os produtores não estavam muito interessados, e foi com muito esforço que conseguimos instalar as estufas”, disse o secretário de agricultura Alison Hastreiter.
Segundo o coordenador do projeto no município, Teddy Miranda, cada estufa contem 500metros quadrados de área coberta, e basicamente o projeto abrange agricultores pertencentes aBacia do Rio Vermelho e visa incentivar a produção sem uso de agrotóxico.
Orgânicos
A secretaria municipal de Agricultura trabalhou para adquirir a certificação de orgânicosemitida após inicio das atividades, que garante a qualidade e facilitará a comercialização dosprodutos colhidos nas estufas.
Os dez agricultores credenciados formam uma associação. A certificação é feita através daassociação que contrata, por meio de licitação, a empresa que fará a visita anual aosprodutores. “O selo de orgânicos é muito importante para a comercialização dos produtos epara os agricultores é uma conquista”, reforça o secretário Alison Hasteriter.
Destruição
Das dez estufas, nove sofreram com os temporais ocorridos no final do ano passado.Coberturas inteiras vieram ao chão destruindo toda a plantação das estufas em cincopropriedades.
Segundo Alisson Hastreiter, secretário de agricultura, o processo para aquisição do materialnecessário para a reforma das estufas destruídas pelos temporais do final de ano já foirealizado. “Já estamos com praticamente todas as estufas reformadas para que os produtorespossam retomar o plantio. Porém, é muito importante esclarecer que a manutenção destasestufas será definitivamente por conta de cada produtor. Todos ganharam as estufas e terãoque mantê-las em perfeito estado”, disse Alisson. Para este processo de reformas foram investidos R$ 13.626,00
1 – Marlene M. K. Dreveck
Uma das estufas que sofreu com o forte vendaval ocorrido no mês de dezembro e ficoupraticamente destruída foi a da propriedade de Marlene M.K. Dreveck, no Rio VermelhoPovoado.
Tomates, pimentões e beringelas já estavam plantados na estufa quando o temporal ocorreu ederrubou toda a cobertura da estrutura sobre a plantação, destruindo tudo que estavaplantado no local.
Marlene comentou que os tomates já estavam quase no tempo de colheita e tudo foi perdido.
Mas mesmo sofrendo com o temporal do final de ano Marlene disse não desanimar. “Valemuito a pena plantar nas estufas, pois a produção é garantida”, disse.
2 e 3 – Braulio Ingo Muehlmann e Tiago Muehlmann
Seguindo alguns quilômetros pela estrada geral em Rio Vermelho Povoado sentido CampoAlegre, passando pela pedreira, chega-se às estufas de Braulio Muehlmann e TiagoMuehlmann.
No local o cultivo de tomates, berinjelas e alface estão ótimos.
“Nós já colhemos tomates e logo estaremos colhendo as berinjelas. É ótimo produzir nasestufas, pois economizamos com agrotóxicos, tratamos as pragas com produtos naturaispreparados com ervas, e fazemos a rotação de culturas, plantando e colhendo o ano todo”disse Braulio.
Braulio fez questão de mostrar uma pequena plantação de alfaces fora da estufa e umapequena plantação dentro da estufa. “Plantamos no mesmo dia e a diferença de tamanho éenorme entre as duas plantações. Cultivar na estufa é muito melhor”, concluiu.
4 - Carlito Scotini
Já seguindo por outra estrada de Rio Vermelho Povoado, também sentido Campo Alegre,chega-se à propriedade de Carlito Scotini, cuja estufa foi construída em duas partes devido aoespaço destinado para a mesma.
No local encontramos o cultivo de tomates, berinjelas, pimentões, além de alface, banana eacerola.
“Eu estou testando diversas culturas para analisar diversas colheitas ao longo do ano nasestufas”, disse Carlito.
O proprietário também já realizou melhorias nas estufas, acrescentando ao projeto originaldiversos reforços na estrutura para impedir que temporais como os ocorridos no final do anodestruam a estrutura.
“Eu estou reforçando a estrutura para evitar que com o calor e excesso de chuvas a coberturapossa vir a cair como aconteceu em outras propriedades. Quando vi que a estrutura começoua balançar com o calor e a força dos ventos, comecei a agir”, disse Carlito.
5 – Erico Liebl
No bairro Schramm, dentro do perímetro urbano do município, o proprietário Erico Liebl possui sua estufa no terreno aos fundos de sua casa.
Neste caso, o declive do terreno não prejudicou em nada a construção e organização da estufa do senhor Erico.
Um dos pontos altos da estufa é o sistema de irrigação preparado. Com duas caixas d'água com capacidade de 5.000 litros cada, o encanamento foi estruturado com mangueiras e diversos registros que, acionados conforme a necessidade, regam o solo separadamente por áreas, e todo o sistema irriga o solo com gotejamento, ou seja, molha diretamente o solo sem danificar as folhas, e não encharca a planta, pois conforme Erico, o tempo de irrigação varia de 10 a 15 minutos por dia e consome de 700 a 800 litros de água.
Na sua estufa Erico já colheu alface, cenoura, couve-flor, brócolis, repolho, rúcula, beterraba e tomates.
Questionado sobre a preparação do solo para produzir somente produtos orgânicos, Erico disse que prepara o terreno com adubo de gado e galinha, e utiliza também pó de basalto, que é natural.
6 – Anivia Kollross
Já na estufa de Anivia Kollross, também no bairro Schramm, a produção iniciou um pouco mais tarde. Com o temporal que atingiu São Bento do Sul logo depois do natal, a estrutura de Anivia foi totalmente destruída, o que prejudicou grande parte do que estava sendo produzido. “Somente parte dos pés de tomates é que resistiram e produziram”, disse. “Porém, antes do temporal a produção de repolho, alface e berinjela foi ótima”, disse.
Hoje na estufa predomina a produção de tomates, que está quase no ponto de colheita. Porém, também há um pouco de pimenta e feijão verde.
O sistema de irrigação utilizado por Anivia também utiliza água da chuva, mas por enquanto com sistema manual, ou seja, a água corre naturalmente para dentro de diversos tambores e depois é retirada para irrigar toda a estufa.
Quanto as vantagens de produzir utilizando a estufa, a proprietária afirmou que é muito melhor. “Na estufa a chuva não estraga a plantação, não sofremos com chuva de granizo, e podemos trabalhar a qualquer dia, pois a condição climática não prejudica em nada já que ficamos em área coberta”, concluiu.
7 – Jeison Denk
Na rua Schramm, a estufa que pode ser avistada é do produtor Jeison Denk, cuja família temcomo principal atividade o cultivo e comercialização de frutas, verduras e hortaliças
Esta estufa também foi uma das atingidas pelo temporal do dia 24 de dezembro último, e aindanão está totalmente reformada.
Alguns profissionais da secretaria de agricultura juntamente com um dos produtores quepossuem estufa no município, Carlito Scotini, estão trabalhando na reforma de toda aestrutura.
Até o dia 14 a estrutura de madeira e pvc estava pronta, faltando somente esticar o plásticosobre a estrutura, porém, este trabalho só pode ser realizado com um dia de sol, para que oplástico assente perfeitamente sobre a estrutura da estufa.
8 – Renilda Nader
Seguindo pela Buger Strasse há cerca de 6 quilômetros da rodovia, está a propriedade deRenilda Nader, onde foi instalada a oitava estufa do programa.
O plantio na estufa de Renilda Nader possui um dos solos mais férteis e bem servidos de águada região.
A área de plantio é cercada por dois rios e nascentes, de onde a água é encanada e<SPAN style="mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family