Pedro Alberto Skiba (Reticências)
Diretor do Jornal Evolução
Conselheiro da Ordem dos Jornalistas do Brasil
Patrono da Associação Catarinense de Colunistas Sociais (ACCS)
Membro da Academia de Letras do Vale do Iguaçu (Alvi)
Vice-presidente do Conselho Deliberativo da Federação Brasileira de Colunistas Sociais (Febracos)
Diretor de Comunicação da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet/SC)
Consul do Poetas del Mundo
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Permita-me chamá-lo de jovem, pois é assim que o vejo do alto dos meus 67 anos, talvez muitos a mais de juventude vividos que sua idade. Todo este tempo me serviu de aprendizado e para mostrar que também, quando na sua faixa vacilei, ousei, fui impetuoso e talvez até pretensioso. Mas é isso que move a juventude e felizmente faz a diferença. Meu caro, não vou dizer amigo, pois não tive o privilégio de ser, embora sempre o tenha admirado pela sua maneira de ser e comportar. Isto até pode ter sido uma vantagem, pois o que escrevi muitos de seus “amigos” preferiram calar, na expectativa de usá-lo como um escudo para um emprego melhor no futuro, um encosto, uma cobrança. Não vou lhe cobrar nada de caráter pessoal. Pode até que lá na frente nos encontremos e possamos nos abraçar e ver que a raiva e o ódio nada constroem e você ainda tem muito para construir. Confesso que precisa coragem para tomar a atitude que estou tomando, mas como não ajo com o fígado e sim com o cérebro e com o coração, quero tornar bem clara minha posição com respeito ao cidadão Flávio Schuhmacher. Jamais fiz qualquer crítica à pessoa de Flávio, pois sei bem separar o cidadão do político. Também nunca o fiz de forma velada, mas explícita, com meu nome e foto no alto da página em que escrevo exageradamente identificado. Se você lembrar, e está gravado e na internet, também o fiz pessoalmente em entrevista realizada no calçadão no dia da mobilização pela construção de uma UPA em São Bento do Sul. Alertei-o que nenhum governador na história iria privilegiar um vice-prefeito em detrimento a deputados legitimamente eleitos e de cujos votos na Assembleia o mesmo dependeria. Minhas críticas sempre foram em razão de seu comportamento político, talvez fruto da sua imaturidade e ascensão muito rápida, sem ter passado pelo crivo das urnas. Também me acho no direito, pois como cidadão residente em São Bento do Sul e eleitor, sempre declarei que não votaria em Raimundo Colombo nem sob tortura, assim como declaro hoje que votei em Magno Bollmann entusiasmado pela juventude e esperança em seu vice, vendo em você um futuro promissor na política. Não sei se bem ou mal assessorado, ou nenhum dos dois, vi de repente as esperanças escaparem. Não só minhas, você atropelou o processo, devido a situações até agora não esclarecidas – ou se omitiu em expor a verdade. Você teria crescido se tivesse se afastado do cargo de vice e renunciado ao salário ou feito doação pública. Hoje com certeza seria o candidato preferido da população. Teria sido um exemplo de dignidade, de desprendimento e até de esperteza política. Não o fez. Lamentável. Também abandonou muitos dos seus companheiros no rastro do governador que mudou de partido após ter sido eleito por uma aliança que é uma verdadeiro deboche ao eleitor. O que você cresceu com isso? Hoje, você, que seria o candidato preferencial para a sucessão de Magno, sequer se atreve a disputar uma cadeira para o Legislativo. Seu novo partido não possui nenhum nome capaz de agregar, embora tenha o governador do Estado. Aqui não dispõe de ninguém capaz de motivar o eleitor. Qual a mudança? Apenas a de sigla. Você não foi derrotado em nada, pois ainda nada disputou. Mas a cidade que depositava grandes esperanças no Flávio talvez tenha perdido alguns anos. Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria de graça, mas é preciso saber tirar proveito, sempre sobra alguma coisa boa. Também cuide-se com quem está cercado, verifique quantos batem em suas costas, e em quantas costas já bateram antes. Assim como uma árvore precisa de adubo para crescer, o político também, só que às vezes adubo demais mata o broto. Você é jovem e tem o direito de errar, pois terá ainda muito tempo pela frente para acertar. Acredito que você saberá tirar de tudo uma lição, e do limão fazer uma limonada. Ainda lhe restam muitos anos, e como só estes nos ensinam verdadeiramente, você irá dar a volta e servir São Bento como a tradição da família Schuhmacher. Aliás, ainda me cabem algumas perguntas. De que lhe adiantou se indispor com o governo Magno Bollmann se dele não desembarcou? De que lhe vale tanta fidelidade ao governador Colombo que em nada lhe ajudou no sentido de servir São Bento do Sul? De que lhe valeu mudar de sigla e repartir o que já era pouco? Claro e evidente que você, Flávio, não tem obrigação de aceitar, mas vou lhe dar mais um conselho: candidate-se a vereador, mostre sua força no voto, seja um dos mais destacados com forte atuação em favor do município, construa seu caminho político e daqui a quatro anos (quiçá) estaremos depositando nosso voto de confiança em Flávio Schuhmacher para comandar os destinos do nosso município. Você ainda não pode ser julgado pelo que deixou de fazer, mas apenas pelo que se esperava que fizesse. “Experiência não é o que acontece com um homem; é o que um homem faz com o que lhe acontece”. (Aldous Huxley).
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Verdade
Há pessoas que têm uma enorme habilidade de criticar e de se desculpar, mas a maioria esmagadora delas não tem ideias ou iniciativa com soluções para o que criticam. Se houvesse uma estatística mostrando tudo que já se perdeu por falta de ação de quem era responsável, teríamos números alarmantes. Isso acontece porque tudo o que vamos fazer exige de nós disciplina, força de vontade e persistência.
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Fim da picada
Delegada Regional de Polícia, Ângela Roesler, indignada – e com razão – com os recentes acontecimentos no recém inaugurado Loteamento Alpestre. Moradores clamam por segurança e quando a polícia age, reclamam da polícia. Num local estritamente residencial, o que consta inclusive de cláusula no contrato de financiamento, já começaram a surgir os famosos botecos. Além desta ilegalidade, estão funcionando sem CNPJ, Alvará de Funcionamento e outras obrigações legais. Um dos estabelecimentos possui Alvará Sanitário, que, absurdamente, é fornecido por órgão vinculado à prefeitura e até vistoria dos bombeiros. Ouvidos na delegacia, proprietários que foram notificados disseram quem têm promessa de um vereador que vai regularizar tudo. Vai virar um fordunço que depois ninguém mais controla. Afinal, quem fiscaliza? Ou em ano eleitoral vale tudo?
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Recursos
O governo do Estado vai investir mais de R$ 52 milhões na saúde do catarinense. Os recursos foram repassados, nesta quarta-feira, por meio de convênios assinados pelo governador Raimundo Colombo. Serão beneficiados os municípios de Blumenau, Chapecó, Braço do Norte, Florianópolis, Santo Amaro da Imperatriz, Jaraguá do Sul, Gaspar, Itajaí, Curitibanos e Xanxerê. Enquanto isso, para São Bento do Sul nem uma caixa de band-aid. Se depender deste governo vamos ter que recorrer a benzedeiras e galinha preta.
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Vereador cassado
Na sessão de quarta-feira, 2, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) cassou o mandato de mais três vereadores catarinenses por infidelidade partidária, com isso chegando perto de mil veradores cassados só em Santa Catarina. Assim como a Lei da Ficha Limpa, a fidelidade partidária também já está valendo neste ano. Entre os casos julgados, está o do vereador Roberto Agenor Scholze, de Mafra, que foi cassado por unanimidade após infringir a lei e trocar o PP (Partido Progressista) pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Com a decisão, ele perdeu o mandato de vereador em Mafra.
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Pedradas do Pedroka
- Mas as coisas estão ficando do jeito que o PP gosta. A oposição está entregando de bandeja.
- Tem políticos que ainda não aprenderam que eleição se vence com ação e união. Quando as vaidades e os egos prevalecem, os partidos padecem.
- Lembro uma frase do ex-governador Leonel Pavan: “O PMDB é como uma melancia que cai da carroça. É pedaço para todo lado”.
- E o governo do Estado continua enganando os funcionários públicos. Aumentou o desconto da contribuição do SC Saúde e atendimento, que é bom, nada. Ministério Público neles.
- Kamikazes. Vou arriscar um palpite, que para mim já é uma certeza. Partido político que for de chapa pura, sem coligação em São Bento do Sul, estará cometendo suicídio. Só vou esperar o exame de corpo de delito e o atestado de óbito.
- Tem gente afirmando que o médico Francisco Marques deixou de participar da eleição mais fácil para ser eleito prefeito de São Bento do Sul.
- Comenta-se que na próxima eleição, se depender dos médicos, a saúde dos são-bentense vai ser de primeiro mundo. O que tem de médico candidato. Ou será que a política está rendendo mais?
- No encontro futebolístico entre Imprensa e Prefeitura, a primeira levou a pior, e de goleada. O placar foi de 7 X 4 para os integrantes da Prefeitura. Será que a imprensa fez corpo mole e ninguém quis marcar o Cláudio Schultz?
-Vereador Josias Terres iniciou visitas às lideranças do Democratas colocando-se à disposição da sigla para uma possível pré-candidatura a vice-prefeito. Iniciou sua empreitada com o médico Antonio Tomazini, presidente do partido e pré-candidato a prefeito, e em seguida procurou o médico Tirso Hummelgen, vice-presidente do partido que também é pré-candidato à vice-prefeito de São Bento do Sul. E eu apostando que Tomazini ainda acabará sendo o vice de Magno.
- Já tem mais vice na parada. Um passarinho me contou que o empresário Heinz Parey também está na parada para ser vice de Tomazini.
- A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia ele será cobrado, e com juros.
- No caso do prefeito Magno, o que era para sem uma bomba parece que virou um estalo de salão.
- Se juntos já é um “partido”, imagine rachados.