Artigos que existem na Farmácia Popular, que vai fechar, podem ser encontrados gratuitamente na Central de Medicamentos, conforme ele
A Farmácia Popular do Brasil de São Bento do Sul, localizado na rua Felipe Schmidt, Centro, vai fechar. O contrato inicial, que previa seu funcionamento de 2005 a 2010, recebeu um aditivo até dezembro do ano passado e a farmácia ainda está na ativa, mas, conforme o secretário de Saúde de São Bento do Sul, Marcus Maluf, faltam alguns detalhes burocráticas para que a mesma encerre as atividades. “Essa polêmica necessita de esclarecimentos”, disse Maluf, em café da manhã com jornalistas, nesta semana. Conforme o secretário, em determinado período a Farmácia Popular “cumpriu um papel interessante”. Hoje, de acordo com Maluf, ela “começou a perder o sentido”. São 98 itens disponíveis na farmácia (vide ao lado), conforme lista padronizada do Ministério da Saúde. Todos eles têm um custo ao usuário, ainda que pequeno. Maluf explica, porém, que “esses noventa e oito itens estão todos disponíveis gratuitamente na Central de Medicamentos” – que está localizada no edifício Leo Frantz, também área central.
Maluf garante que todos os itens estão à disposição na Central, mas há quem afirme que alguns não são encontrados. Ainda de acordo com o secretário de Saúde são-bentense, qualquer receituário – do SUS ou da rede privada – deve ser aceito na Central, desde que contenha o princípio ativo do medicamento, e não seu nome comercial. “Não tem mais sentido ter uma Farmácia Popular aqui”, reiterou Maluf, explicando que outros municípios também estão providenciando o fechamento de suas respectivas unidades.
PLANILHAS
O secretário demonstrou, através de planilhas, que mensalmente estão ocorrendo prejuízos para manter a farmácia. Em 2011, por exemplo, esse prejuízo chegou a R$ 53,3 mil, conforme ele. Maluf também explicou que, com cinco funcionários, em 2010 a média de atendimento por funcionário/dia foi de menos de 6. Ano passado, a média foi um pouco maior – quase 8. “Isso é um desperdício”, afirmou, esclarecendo que a Central de Medicamentos, que conta com sete funcionários, apresentou uma média de 21 atendimentos por funcionário/dia em 2010 e quase 30 atendimentos por funcionário/dia no ano passado.
Maluf disse que os funcionários da Farmácia Popular podem ser remanejados na estrutura da Secretaria de Saúde e que o dinheiro economizado pode ser aplicado em outras áreas. A presidente da Câmara de Vereadores, Nilva Larsen Holz (PP) disse que é necessário fazer “uma ampla campanha” para esclarecer à população esses detalhes. O vereador Antonio Tomazini, por sua vez, se declarou “contrário ao fechamento da farmácia”. De acordo com Maluf, “todos os vereadores foram convidados” para a coletiva, mas apenas os dois citados compareceram. (E.L.)