Ninguém – em sã consciência – pode ser contra o endurecimento das leis que tratam de motoristas que consomem bebidas alcoólicas. Afinal, são várias as tragédias já causadas por quem bebeu umas a mais e saiu por aí dirigindo. Um automóvel na mão de um bêbado é uma arma em potencial, capaz de destruir vidas e sonhos. Assim, é absolutamente louvável que nossas autoridades joguem mais pesado contra quem assume o risco de dirigir em tal estado. Infelizmente o brasileiro só se educa pelo bolso e as multas mais pesadas talvez sejam uma boa represália. Mas, acima de qualquer coisa, o que é mais necessário é educar realmente. É impressionante como o trânsito apresenta uma série de irregularidades cometidas por motoristas que parecem não ter aprendido nada – ou quase nada – nas autoescolas, ou centros de formação de condutores. Não é apenas o consumo de álcool associado à direção que pode causar acidentes. O simples fato de não ligar uma seta (e como tem gente assim!) também pode ter graves consequências.
Em São Bento do Sul, cidade conhecida por ter uma população altamente consumidora de bebidas alcoólicas – com as exceções de praxe –, agora está para ser proibido o consumo de álcool em vias públicas. Porém, como sempre há o outro lado, basta o poder público legalizar a prática por alguns instantes, como em uma festa, por exemplo. Seria a institucionalização da bebedeira? Mais ou menos como se dissesse: “Povo, neste final de semana pode-se beber à vontade!”. Mesmo com os benefícios que tal lei em votação pode apresentar, é de se questionar alguns pontos. Por exemplo: quem não consegue consumir álcool sem beber o juízo junto não precisa fazê-lo, necessariamente, em via pública. Pode ser em casa. Pode ser no bar.