Quem sabe faz a hora... quem sonha, realiza

Ao que tudo indica, desde os tempos mais remotos, sonhar não é um bom negócio. São inúmeros os exemplos conhecidos, através da história, de personagens que imaginaram grandes projetos, grandes descobertas, grandes invenções, grandes planos, enfim, e que amargaram cerrada oposição de seus contemporâneos. Por que será? Agora, nos tempos atuais, a tradição popular jogou o termo “sonhador” na vala comum dos significados pejorativos, entranhados de preconceito, tratando-o como algo sem valor, sem graça, sinônimo de avoamento inconsequente. Tanto é que hoje não é bom ser identificado como pessoa que sonha, que almeja, que flutua no insondável e fértil terreno da imaginação. Quando se diz “fulano é um sonhador”, está-se utilizando, na verdade, de um julgamento centrado na intenção de carimbar o outro com tintas carregadas de ironia, de maldade, de ridicularia. Por quê? Na semana passada comentei nesta minha coluna “Reticências”, no jornal Evolução impresso e na versão online, uma possível saída para solucionar os problemas do hospital Sagrada Família. Recebi alguns cumprimentos pela coragem de abordar o assunto no auditório da Acisbs e me dirigir diretamente à Irmã diretora do hospital, sem rodeios e meias palavras. A verdade sempre machuca e na maioria das vezes não agrada. Fomos acostumados com a hipocrisia, com o fazer média, com o bajular pela frente e malhar na ausência. Recebi também muitas críticas e até de “ingênuo” fui chamado por propor uma solução definitiva e que passaria no mínimo pelos cofres do Ipresbs – Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais de São Bento do Sul, cujos recursos são aplicados no mercado financeiro, diga-se com alto risco, pois é capital especulativo – em busca de uma remuneração que mantenha o capital crescendo para garantia das aposentadorias dos servidores. Pois bem! Então o sonho não é tão ingênuo que não possa ser sonhado. O dinheiro existe, a necessidade existe. O que precisa existir é boa vontade, inteligência, espírito solidário, visão e querer fazer. Basta adequar a legislação, criar uma administração compartilhada no Sagrada Família, com gestores altamente profissionalizados, Conselho de Administração e Fiscal e transformar em Hospital do Servidor Público, cujo capital investido seria remunerado pelos resultados obtidos. “Ah! Mas e o risco do capital?”, perguntarão os que me taxam de ingênuo. “O capital estaria altamente garantido pelo patrimônio existente”, responderia este ingênuo. Qual a garantia de quem aplicou no Banco Santos e outros especulativos? O investimento de um dinheiro dos servidores estaria sendo na saúde de toda uma população, de uma região e que poderá ser altamente remunerado pela excelência dos serviços prestados. Ingenuidade é não aproveitar os recursos disponíveis, é não dar nenhuma sugestão e esperar que o governo faça. Encerro dizendo que o assunto não está encerrado, e quem sabe faz a hora... quem não sonha, não realiza.

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Quem está mentindo – e por quê?

Em reunião na Acisbs, perguntei em alto e bom tom à Irmã Nelsa Hackarth, diretora do Sagrada Família, se o referido hospital estaria credenciado para atender pelo SC aúde. Ela foi precisa e objetiva, respondendo que sim. Nesta semana, precisamente às 16:51 de terça-feira liguei para o hospital e pedi para falar com o setor de internamento. Fui atendido pela funcionária de nome Tatiane, que, após várias tentativas em transferir a ligação para o Pronto Atendimento, sem sucesso, se prontificou a verificar e responder. Conversou com alguém internamente e deu a resposta: “Não estamos atendendo pelo SC Saúde”. Além de mentir ser pecado, uma religiosa mentir em público é de perder a fé.

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Paciência

Quanto custaria o deslocamento e permanência de um dos eficientes agentes de trânsito municipais, para ao menos no sábado pela manhã monitorar a passagem de pedestres na faixa em frente ao Shopping Zipperer, já que o semáfaro está com a placa queimada? Será que um atropelamento (que pode causar uma morte ou ferimentos e a prefeitura poderá ser condenada a indenização por falta de sinalização) será mais barato? Tem mais: não adianta culpar o prefeito, pois para isto existe cargo em comissão – e bem remunerado – para uma diretoria de Trânsito. Se fosse para o prefeito decidir tudo, não precisaria ter equipe. Meudeus – e não é o livro do Elvis –, mas aqui se peca por omissão ou será incompetência? Este final de semana promete com o comércio aberto na parte da tarde.

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Jet ski

O deputado Darci de Matos protocolou na Assembleia Legislativa Projeto de Lei que proíbe a locação de motos aquáticas (Jet ski) em praias, rios, lagoas e canais do Estado de Santa Catarina. As empresas que locarem estas máquinas poderão ter o alvará de permissão de funcionamento cancelado. As motos aquáticas também podem ficar impedidas, mesmo que conduzidas por pessoas habilitadas com Carteira de Arrais, de puxar bananas boats, discos, boias e afins. Darci de Matos, em sua justificativa, afirma que se tornaram comuns os acidentes envolvendo motos aquáticas, em muitos casos resultando em mortes. “Infelizmente, só os casos mais graves são noticiados. Portanto, para tentar evitar novos acidentes e mais mortes, estamos propondo este Projeto de Lei. Uma vida salva vale mais do que os lucros auferidos por estas empresas que exploram este tipo de esporte aquático”, ressalta.

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Altamente produtiva

Considerando-se o release enviado pela Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores, a reunião de segunda-feira à noite foi altamente produtiva. Apenas pedidos de colocação de placas com nomes de ruas e CEP.

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Ruim de pesca

O novo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PSB-RJ), afirmou, em entrevista à rádio Estadão/ESPN, que tem muito a aprender sobre os assuntos ligados à pasta. “Eu vou dizer uma coisa muito humildemente: eu não sei nem colocar uma minhoca no anzol”, disse Crivella. Bem que o Crivella, que já foi bispo da Igreja Universal e sabe garimpar almas e votos, poderia fazer um estágio com o PIB de São Bento na próxima pescaria.

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Pimenta no dos outros... é refresco

O governador gaúcho Tarso Genro (PT) acionou a metralhadora com críticas contundentes contra o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao abordar a polêmica questão do piso salarial dos professores, fixado pelo MEC em R$ 1.451,00. Declarou o governador gaúcho na “Folha de São Paulo”: “Mercadante tem opinião totalmente furada sobre o pagamento do piso nacional aos professores da rede pública”. O petista ressaltou que a posição do ministro Mercadante não tem respaldo na realidade jurídica do país e nem nas relações federativas. E acrescentou: “Piso é um valor constante, atualizável pela inflação. Sou totalmente favorável ao piso do Fundeb, mas quem o instituiu deve repassar recursos a Estados e Municípios para complementá-lo”. Dois detalhes relevantes. Foi na gestão de Tarso Genro no MEC que se instituiu o piso nacional do magistério. E, candidato ao governo gaúcho, Tarso Genro prometeu em campanha pagar o piso. Agora a Justiça do Rio Grande do Sul colocou o governador no devido lugar e determinou o pagamento do piso. Será que aqui em SC a cena vai se repetir ou teremos novamente que enfrentar greve?

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O governo vai tomar posse

Pelo menos em relação a São Bento do Sul, parece que isto está programado para o próximo dia 22. Finalmente o governador Raimundo Colombo deverá pisar em nosso solo, isto se não passar por cima do viaduto Otair Becker e se dirigir a Mafra e Rio Negrinho. Finalmente seremos novamente território catarinense e não Contestato. Tomara.

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Knaesel e Sganzerla em ação do PP

Ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte, deputado Gilmar Knaesel, e ex-presidente da Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Joinville (Ippuj), Norberto Sganzerla, foram condenados pelo juiz Luiz Antônio Fornerolli, da Unidade da Fazenda Pública da Capital, a indenização de R$ 158.750,00, com juros e correção. O magistrado acolheu ação popular impetrada em 2003 pelos deputados do PP, Joares Carlos Ponticelli, Reno Luiz Caramori, Antônio Carlos Vieira, Celestino Roque Secco, Valmir Francisco Comin.

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Ainda o Sagrada Família

Nesta edição você confere a opinião do presidente do Ipresbs, Márcio Mallon, que diz ser impossível a utilização de recursos do instituto para aplicação no hospital Sagrada Família. Acho a resposta muito simplista, pois para mim o assunto ainda não esgotou e um longo debate deverá ser feito com autoridades e tudo que depender de lei poderá ser feito através de lei. Para isto existem os poderes constituídos. O que não se pode deixar é de debater a questão, analisar e exaurir as possibilidades. Se o dinheiro pode ser aplicado em fundos que muitas vezes são catastróficos e apenas especulativos, dinheiro que não produz e não cria riquezas, apenas remunera banqueiros, por que não lhe dar outra destinação mais benéfica a toda a comunidade, em especial aos servidores públicos? Ninguém está propondo apenas que se gaste o dinheiro e se deixe os aposentados sem recursos. Estes precisam ser esclarecidos sobre os objetivos e que o capital estaria garantido pelo patrimônio do hospital, muito mais sólido do que as aplicações de risco. Estamos preparando um debate público com os médicos, principalmente os que já se manifestaram por candidaturas a prefeito, representantes da OAB, Ministério Público e quem mais se interessar em discutir o assunto.

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Camisetas pretas

Se a dita “Cidade da Música” está diversificando sua produção musical (chorinho, blues, etc), uma coisa permanece a mesma: a quantidade de jovens – inclusive mulheres – utilizando camisetas pretas de bandas de rock. Diariamente é possível ver muitas destas camisetas, com destaque tanto para as bandas mais tradicionais como para as menos conhecidas do grande público.