Piçarras - Com um investimento de R$ 2 milhões, sendo R$ 1,5 milhão do Governo do Estado e R$ 500 mil de contrapartida da prefeitura, o município de Balneário de Piçarras executa desde dezembro a construção de dois molhes que ajudarão a reduzir o impacto das correntes marinhas sobre a praia. A assinatura do repasse foi feita pelo governador Raimundo Colombo, nesta segunda-feira (12), na prefeitura de Balneário de Piçarras.
Colombo destacou a importância do turismo para a região e o impacto que a destruição da praia causou na cidade. “Com a construção desses molhes, vamos recuperar a qualidade e a confiabilidade do município.” O governador informou que é uma obra importante, pois irá devolver à praia sua beleza e balneabilidade, trazendo o desenvolvimento econômico e turístico.
Em novembro de 2011, o município decretou Estado de Calamidade Pública devido aos estragos caudados pelas fortes ressacas do mar. A partir de então, a prefeitura definiu prioridades para solucionar o problema de erosão, que ocorre com frequência desde os anos 80. A empresa Baltt Terraplenagem, responsável pela construção, está finalizando a obra do primeiro molhe, localizado na Rua Alexandre Guilherme Figueredo, com a conclusão do trecho transversal, que terá 60 metros de comprimento. A próxima etapa será a instalação de uma rede especial de drenagem no interior do quebra-mar.
O prefeito de Piçarras, Umberto Teixeira, disse que a obra é importante para a economia do município, que depende do turismo. “Essa obra traz um alento aos moradores e investidores que fazem a economia girar, além de garantir mais qualidade de vida para nossa gente.”
As duas estruturas terão 153 metros de comprimento e dez de largura. No total, os dois molhes de contenção irão receber aproximadamente 15 mil toneladas de pedras e terão tubulações para escoamento das águas fluviais, evitando os alagamentos na região da orla. O outro quebra mar será construído na descida da Avenida Getulio Vargas. Atuam na construção 25 caminhões, uma escavadeira hidráulica, uma equipe de topografia, engenheiros e cerca de 30 funcionários.
O morador e comerciante João de Macedo, proprietário de dois restaurantes na beira da praia, um deles em frente à obra, acredita que o os molhes darão um novo fôlego para o comercio local, que contabilizou prejuízos com a destruição da orla central. “Com essa obra, acreditamos que a areia da praia será mantida por mais tempo. Agora vamos nos preparar para a próxima temporada, recuperar os prejuízos, e fazer com que nossa praia volte a ser aquele cantinho gostoso para os turistas.”