A oposto cubana do Minas, Daimy Ramirez, 28, denunciou pelo Facebook ter sido vítima de racismo em Santa Catarina, na vitória sobre o time da casa, o Rio do Sul, em partida válida pela Superliga feminina de vôlei. A equipe mineira bateu o rival por 3 sets a 1 -- 22/25, 25/19, 14/25 e 16/25 -- na sexta à noite
"Gente, estou muito triste e me sentindo muito mal. Um torcedor do Rio do Sul chegou perto da quadra, onde estávamos Herrera e eu para gritar na nossa cara: "Negras de merda, voltem para Cuba"", escreveu.
Este é o segundo caso de ofensa racista na Superliga de vôlei nesta temporada. Pela competição masculina, o ponta Wallace, do Cruzeiro, foi chamado de 'macaco' por uma torcedora do rival Minas, no último dia 29.
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Daimy Ramirez, em ação pelo Praia Clube, realiza recepção, em março de 2011 |
"Não dá para aceitar. É lamentável. Sinceramente nunca gostei da torcida daqui", disse Wallace ao Sportv, à época.
Wallace também falou que olhou para a arquibancada, tentou identificar a pessoa, mas não conseguiu. Os gritos da torcedora foram captados pela Sportv, emissora que transmitia ao vivo a partida.
"É muito revoltante escutar uma coisa dessas, não dá para aceitar. Foi até melhor eu não ter conseguido ver a pessoa, pois eu podia ter perdido a cabeça na hora. Isso me tirou um pouco do jogo", disse o jogador ao site do time após o clássico mineiro.
Três dias depois, os jogadores do Vôlei Futuro, de Araçatuba, entraram em quadra contra o Cruzeiro com camisetas negras e o nome Wallace nas costas.