As férias acabaram, e já não é mais hora de falarmos sobre espaços de lazer. Nada mais oportuno do que vermos agora este ambiente que vem tomando lugar na casa das pessoas. E o que seria um “home office”? Em uma tradução simplista apenas um “escritório em casa”. Mas é ainda um conceito de atividade profissional desempenhada fora do ambiente tradicional de uma empresa. Pesquisas mostram que aproximadamente 10% dos trabalhadores do país migraram seus escritórios para suas residências, e estes vão desde profissionais autônomos (advogados, psicólogos, arquitetos) até a profissionais com carteiras assinadas por empresas que desejam reduzir custos e preferem ter o pessoal trabalhando em casa.
Mas por onde começar a montar este ambiente? Montar e principalmente manter um escritório em casa engloba inclusive aspectos comportamentais. O ideal é que, mesmo fazendo parte da residência, o local tenha sempre a “atmosfera” de um escritório, buscando mesmo recriar um espaço empresarial. Inicialmente, deve-se identificar o local mais adequado para recebê-lo, de preferência o mais distante das interferências da rotina da casa. Deve-se prever a estrutura necessária: se o profissional trabalhará sozinho ou precisará de assistentes, se há possibilidade de receber clientes e fornecedores e ainda quais os equipamentos necessários. Com estes dados, pode-se definir o espaço e o mobiliário. Havendo a possibilidade, pode-se prever um acesso externo privativo a esse escritório, para que clientes e assistentes não precisem entrar na residência para acessá-lo.
O mobiliário deve ser adequado ao trabalho executado, buscando conforto e ergonomia. As cadeiras devem possuir regulagens, os monitores precisam estar na altura dos olhos e o plano de digitação deve coincidir com a altura dos cotovelos. A princípio, uma pequena bancada, uma cadeira confortável, um gaveteiro e algumas prateleiras já seriam suficientes para montar um home office. Conforme o espaço, pode-se agregar uma maior quantidade de elementos. Móveis planejados permitem um maior aproveitamento do espaço, ao mesmo tempo em que o reaproveitamento de materiais (como transformar uma antiga porta em uma mesa de trabalho) pode ser feito sempre respeitando o espaço disponível e a ergonomia. A disposição dos equipamentos deve ser pensada de forma a evitar o emaranhado de fios e cabos aparentes.
O estilo da decoração vai depender do estilo pessoal do usuário – vale desde ambientes modernos até os mais tradicionais. O ideal é que sejam usadas cores claras, trazendo um maior conforto visual. O uso das cores quentes - vermelho, amarelo e laranja – é interessante, já que são comprovadamente estimulantes. Atenção especial deve ser dada à iluminação: a natural deve ser privilegiada, tomando-se o devido cuidado de não se instalar monitores em locais passíveis de ofuscamentos. Mas, ainda assim, a iluminação artificial deve dar o devido suporte, usando-se ao menos uma iluminação geral com lâmpadas fluorescentes no forro e uma iluminação especial no plano de trabalho, que pode ser feita com luminárias direcionáveis, abajures ou mesmo pendentes, conforme a necessidade.
Trabalhar em casa é o sonho de muitos, mas devemos dar a devida atenção ao ambiente em que exerceremos este trabalho para manter a mesma produtividade que o trabalho teria se fosse exercido fora de casa.