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País deve ter investimentos de R$ 3 tri na área de infraestrutura até 2014

Quinta, 23 de fevereiro de 2012

Os grandes projetos na área de infraestrutura deverão garantir um salto dos investimentos no Brasil nos próximos anos. Entre 2011 e 2014, estão previstos investimentos da ordem de R$ 3,1 trilhões, o equivalente a 90% dos projetos monitorados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O número representa um crescimento de 57,5% na comparação com os investimentos realizados no período de 2006 a 2009, que somaram R$ 1,9 trilhão.

As informações são de um estudo coordenado por Mário Bernardini, diretor do Departamento de Competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Mantidas as condições atuais, os fabricantes de máquinas e equipamentos instalados no País deverão faturar R$ 267,5 bilhões, o que representa aumento de 47,9% comparado com a demanda provocada pelos investimentos feitos entre 2006 e 2009. É um crescimento nada desprezível, da ordem de 10,3% ao ano, em média.

"Há dois fatores de grande impacto macroeconômico no cenário até 2014", diz Bernardini. "No mercado externo, temos a crise internacional com reflexos negativos nas exportações e no crescimento do País, enquanto no mercado interno, os eventos esportivos e a exploração de petróleo e gás devem ajudar o crescimento e neutralizar o cenário externo."

Tanto é que a soma do aumento esperado nos investimentos em petróleo e gás, agrícola, derivados de petróleo e energia elétrica representa um terço do crescimento total no País, em relação registrado no período de 2006 a 2009. Para um investimento extra da ordem de R$ 1,133 trilhão, esses quatro setores deverão contribuir com R$ 369,3 bilhões.

Por outro lado, os fabricantes brasileiros veem o crescimento do investimento concentrado em poucos setores como uma "ameaça". Principalmente quando esses setores são dominados por grandes empresas com forte atuação internacional e com fornecimento crescente de bens de capital fabricados no exterior.

"A participação da indústria nacional no bolo vai depender da melhoria das condições de competição das empresas brasileiras", diz o diretor da Abimaq.

Nas condições atuais, segundo ele, o cenário mais provável é que o aumento do investimento, se realizado, será atendido por fornecedores externos. "Custo Brasil crescente e câmbio apreciado em mais de 40% tornam sem efeito a proteção alfandegária, quando existe, e, na prática, impossibilitam a competição da indústria nacional", argumenta.

Escolhas. Para Bernardini, outro complicador é o fato de o governo Dilma ter várias "escolhas de Sofia" pela frente. "Precisa entregar um crescimento maior, acabar com a pobreza e exclusão social, investir mais em saúde e educação e gastar muito mais em infraestrutura com um orçamento que, se não encolher, não deverá crescer."

Ainda que o investimento aumente entre 2010 e 2014, a Abimaq estima que a formação bruta de capital fixa do País continuará sendo insuficiente para alcançar a meta de 22,4% do PIB, estabelecida no Plano Brasil Maior. Nas contas da entidade, a taxa deve ficar em 20%.

Para chegar a esse número, a entidade projeta que o Produto Interno Bruto cresça 3% em 2012, 4% o ano que vem e 4,5% em 2014. Para a formação bruta de capital fixo, a evolução seria de 5,5%. 6% e 6,5%.

Fonte: O Estado de S. Paulo / Marcelo Rehder


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