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Governo quer dinheiro investido no Stark de volta

Quinta, 23 de fevereiro de 2012

 

Com a mudança da montadora para o Ceará, SC Parcerias vai vender sua participação

Alessandra Ogeda | alessandra.ogeda@diario.com.br

O diretor financeiro da SC Parcerias, Hamilton Peluso, confirmou que o governo do Estado sairá da sociedade com a TAC Motors, solicitando a recompra da fatia de 13,51% que a estatal tem na montadora do jipe catarinense, o Stark.

Neste mês, a TAC assinou um protocolo de intenções com o governo do Ceará para a migração da empresa instalada em Joinville para a cidade de Sobral. Ainda não há data ou previsão para que os recursos voltem para a SC Parcerias. O diretor da estatal diz que o processo deve ser feito sem pressa. A decisão final pela migração para o Ceará será tomada na assembleia geral dos acionistas da empresa prevista para a primeira quinzena de março. Mas existe um consenso de que a fabricante de veículos 4x4 não vai seguir no Estado.

— Concordamos que a saída é determinante para o projeto de viabilização da empresa. Mas a motivação da empresa ter sido ficar perto do mercado consumidor, é apenas meia verdade. O fator decisivo são os incentivos federais dados para o Nordeste, e não os estaduais — opina Peluso.

O diretor da SC Parcerias disse que não tem ainda como prever quanto poderá valer a participação acionária da estatal na TAC Motors. Mas o governo catarinense teria uma cláusula de recompra como garantia de que não perderá o dinheiro investido.
Além da questão financeira, Peluso vê retorno para SC em outras áreas. 

— Este foi um projeto vitorioso e, se ele não pode ficar em SC, pelo menos a tecnologia utilizada poderá ainda dar um retorno para o Estado.

Por parte da TAC, um pacote de fatores teria contribuído para a saída da empresa de SC. O presidente da fabricante do Stark, Neimar Braga, comentou que a companhia recebeu propostas de quatro estados: Amazonas, Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará.

— A escolha dependeu de incentivos fiscais, logística, parceiros, mas o principal deles foi escolher um Estado que tivesse um pacote viável de financiamento — explicou Braga, por meio da assessoria de imprensa.

O presidente da TAC comenta que buscou o Nordeste porque a região oferece benefícios tributários que não foram oferecidos por SC. Fora o aporte da SC Parcerias, a TAC Motors não teria conseguido entrar em nenhum programa de incentivo fiscal catarinense, recebido doação de terreno ou estímulo de pagar menos impostos.

De acordo com Braga, para quem a SC Parcerias é apenas um dos 96 acionistas da empresa, a saída da TAC Motors de SC seria uma questão de competitividade empresarial. Caso a ida para Sobral seja aprovada na assembleia dos acionistas, o plano da empresa é começar a produção dos jipes em solo cearense em junho.

Em Joinville, a TAC Motors chegou a produzir 20 veículos por mês. Com a possibilidade de conseguir novos investidores no Ceará, a empresa planeja fechar o primeiro ano de funcionamento no Nordeste produzindo 150 veículos por mês. Pelo planejamento do grupo, o parque fabril no Ceará seria implantado em duas fases. Nos primeiros cinco anos, o investimento previsto será de cerca de R$ 200 milhões.



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