Evolução publica nesta edição – páginas 5 e 6 – reportagem sobre suicídio, tema dos mais delicados. A imprensa, de maneira geral, sequer tem o costume de publicar os casos registrados. Porém, trata-se de uma realidade, da qual também não podemos fugir. Precisamos ter em mente que existem muitas, mas muitas pessoas mesmo, que estão em situação extremamente complicada e, ainda assim, lutam pela vida, certamente o bem mais valioso que todos temos. Basta citar que um bilhão de pessoas passam fome no mundo. Ainda que estejam condenadas à morte e batalhando por migalhas (enquanto a humanidade parece ter coisas mais importantes para resolver), não se entregam. Mantêm-se vivas, apesar de todas as enormes dificuldades por que passam.
Como disse um profissional entrevistado pelo jornal, “a gente fica sem respostas”, mas é de se perguntar: se essa população imensa, que simplesmente não tem o que comer, não desiste, por que alguém em condições que em nada se assemelham a esta tem que dar fim à própria vida? Problemas todos têm. Alguns mais, outros menos. E a questão não é só financeira, porque, em determinada regiões brasileiras, a maioria dos casos de suicídio ocorre em áreas ricas e desenvolvidas. Pode ser simplista demais dizer que falta amor à vida, mas também não deixa de haver um fundo de verdade nessa afirmação. Sendo o maior bem que temos, devemos valorizá-lo. Afinal, viver é bom demais!