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Economistas veem alívio na crise e início de retomada -

Sábado, 18 de fevereiro de 2012

 O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de dezembro, ao crescer 0,57% ante novembro, trouxe duas importantes mensagens, segundo o economista-chefe da Bradesco Asset Management (Bram), Fernando Honorato Barbosa: que a recuperação da atividade econômica no quarto trimestre do ano passado não era exuberante e que o pior momento da atividade brasileira estacionou em outubro de 2011.

É por essa razão que ele trabalha com uma taxa de crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) para o último trimestre de 2011. "É a cara do Brasil em 2011, e eu atribuo 70% da desaceleração econômica no ano passado aos apertos decorrentes das medidas macroprudenciais, juros e política fiscal."

Na opinião de Barbosa, o IBC-Br marca o fim do pior momento da atividade econômica brasileira e aponta para uma taxa de crescimento maior para a frente.

Partindo de uma avaliação do IBC-Br de dezembro para a frente, Barbosa calcula que o indicador de atividade do BC carrega para o PIB do primeiro trimestre de 2012 um efeito estatístico (carry over) de 0,8%. Assim, o economista espera crescimento de 0,9% da economia no acumulado do primeiro trimestre.

No segundo trimestre, o PIB deverá crescer 1,4%. Para o ano cheio, a Bram trabalha com crescimento de 3,3%. "O que veremos a partir do primeiro trimestre deste ano é a reversão dos efeitos das medidas de contenção do crescimento adotadas no passado, com juros caindo, macroprudenciais mais frouxas e política fiscal neutra em relação a 2011", prevê o economista. Pesa ainda neste ano a favor de taxas trimestrais de expansão do PIB, de acordo com Barbosa, o aumento de 14% do salário mínimo concedido em janeiro.

Já o economista e sócio da MCM, Antônio Madeira, atribui a alta de 0,57% calculada pelo IBC-Br à melhora do desempenho da indústria e do varejo em dezembro. O resultado veio dentro do que a consultoria esperava, que era de 0,6%, o que não alterou a previsão de alta do PIB de apenas 0,2% no quarto trimestre e manteve a projeção de crescimento de 2,8% em 2011.

Para janeiro, Madeira prevê que o IBC-Br poderá apresentar resultado muito próximo de dezembro, por causa da continuidade da recuperação da economia. Nesse contexto de melhora do nível de atividade, ele também acredita que o setor manufatureiro e as vendas do varejo devem continuar respondendo de forma positiva aos estímulos do governo, como a redução dos juros pelo Banco Central e o corte do IPI para a aquisição de produtos da linha branca ocorrido no fim do ano passado.

Na avaliação do especialista, o cenário para 2012 do nível de atividade indica alta do PIB de 3,2%, pouco maior do que em 2011. Como ele prevê que o IPCA não deve repetir os 6,5% no ano passado - embora ainda fique acima da meta de 4,5%, pois deve atingir 5,5% -, ele não vê muito espaço para que o BC continue baixando os juros neste ano. Na sua avaliação, a Selic deve chegar a 9,5% em 18 de abril e permanecer assim até o fim de 2012. "A situação da economia neste ano deve ser melhor, mas a inflação requer cuidados."

Aceleração

Na opinião de Flavio Serrano, economista-sênior do Besi Brasil, a variação de 0,57% de dezembro do IBC-Br mostra que a economia brasileira recuperou a tração no quarto trimestre do ano passado e, sobretudo, amplia a probabilidade de aceleração da trajetória nos próximos meses.

Para o período de outubro a dezembro de 2011, a expectativa do economista é de que o PIB tenha crescido 0,4%. Para o primeiro trimestre deste ano, a projeção do Besi é de uma expansão de 0,8% e crescimento de 3,5% acumulado de 2012.

O bom desempenho do IBC-Br em dezembro, de acordo com Serrano, reflete o crescimento de 1,6% no indicador de vendas do varejo ampliado em dezembro do ano passado comparado a novembro e a expansão de 0,9% da produção industrial, na mesma base de comparação.

O resultado do IBC-Br ficou de acordo com a projeção do departamento econômico do Besi Brasil, de alta de 0,6%. O economista avalia ainda que o Copom parece estar inclinado a aumentar os estímulos monetários nos próximos meses. "Mantemos nossa previsão de que a inflação deve desacelerar no curto prazo, impulsionado por efeitos temporários, mas com tendência de aumento no longo prazo."



Fonte: O Estado de S.Paulo / Francisco Carlos de Assis e Ricardo Leopoldo



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