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No meio de um velho impasse entre a Secretaria de Desenvolvimento Regional de Joinville e a Vigilância Sanitária, 2.278 alunos da rede estadual não voltam nesta terça às salas de aula, como previa o calendário escolar.
O Estado resolveu esperar a decisão judicial para o pedido de reabertura de três escolas interditadas – Francisco Eberhardt, no bairro Dona Francisca; Maria Amin Ghanem, no Aventureiro; e Plácido Olímpio de Oliveira, no Bom Retiro. Outro atraso será na escola Giovani Pasqualini Faraco, no Santo Antônio, que está em obras e deve reabrir apenas depois do Carnaval.
Sobre as escolas interditadas, o secretário regional Bráulio Barbosa afirmou que nada será feito antes de decisão ser tomada pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Roberto Lepper. À tarde, carros de som avisaram moradores de que as quatro escolas não abririam.
Os mandados de segurança para a reabertura das três unidades interditadas foram protocolados na sexta-feira, quando o juiz determinou que a Vigilância relatasse se os problemas foram sanados. Nesta segunda, uma fiscal da Vigilância, Lia Renata Abreu, vistoriou as escolas na intenção de atender à Justiça. Ela adiantou que as manutenções feitas não extinguem as deficiências estruturais.
O secretário Bráulio disse ter certeza “de que vamos ganhar esta batalha.
— Até por questão de bom senso —, alfinetou.
Convicta de decisão judicial favorável, a SDR não tem plano alternativo se as escolas tiverem de continuar fechadas.
No cargo há quatro meses, o secretário regional reconheceu ter sobrado cerca de R$ 8 milhões dos R$ 23 milhões destinados à educação da região no ano passado – o que deve ter contribuído para que o orçamento fosse enxuto neste ano, caindo para R$ 13 milhões. Conforme ele, estão sendo levantadas as situações estruturais das 68 escolas (47 em Joinville).
Foi lançada licitação para manutenções permanentes das escolas, para não haver necessidade de mais processos sempre que uma unidade necessitar.
— Queremos diminuir este problema constante de interdições e garantir que os alunos estejam na sala de aula.
Segundo Bráulio, a obra na Giovani Faraco não exigiu licitação: foram usadas sobras de 2011 do orçamento da Educação estadual.
O governo também manterá fechada a Monsenhor Sebastião Scarzello, no Itaum. A intenção é entregar a gestão ao município.
— Claro que os recursos para a reforma serão repassados —, garante Bráulio.
Para ter aula nesta terça, os 418 alunos serão remanejados para a escola Léa Aguiar Lepper, no Iririú.
(47) 99660-9995
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