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Produtores rurais de Campo Alegre trocam o tabaco pela fruticultura

Segunda, 13 de fevereiro de 2012

 

Eles aderiram a um programa da Prefeitura de Campo Alegre que visa estimular a fruticultura e estão descobrindo uma nova forma de ganhar dinheiro

Larissa Guerra | larissa.guerra@an.com.br

Os parreirais do sítio do casal de agricultores Gentil e Ilene Heiden estão abarrotados. As uvas dão sinais de que a a colheita está se aproximando, deixando os dois ansiosos com a previsão do tempo.

Até dois anos atrás, o trabalho da família no campo se resumia às plantações de fumo. Diante dos baixos preços pagos pelas grandes processadoras de tabaco e de toda a mão de obra que a cultura consumia, a solução foi investir em frutas. Hoje, além das uvas, eles se orgulham das maçãs e dos caquis que crescem em volta de sua casa e começam a atrair compradores e turistas.

— Uva gosta de sol e não suporta vento. A gente tem de cuidar o tempo todo para que elas fiquem bonitas. Não esperávamos que fosse dar tanta uva, ainda estamos começando —, conta Ilene.

Ela e Gentil foram um dos primeiros agricultores a apostar em um programa da Prefeitura de Campo Alegre que visa estimular o retorno da fruticultura como atividade econômica na cidade.



Nos três primeiros anos de existência, a medida já beneficiou 60 pequenos agricultores que vendem a colheita para o mercado público do município, para consumidores que buscam os produtos diretamente nos sítios ou para indústrias do Paraná e de São Paulo.

O prefeito Valter Grosskopf conta que, no começo, a proposta enfrentou a resistência da comunidade que desconfiava da rentabilidade da fruticultura. Ele afirma que a ideia é quebrar um tabu, é mostrar que a soja, o milho e o fumo, podem, aos poucos, ser substituídos por outras plantações, que dão mais lucro para o pequeno produtor do que se ele investisse pesado em coisas que os grandes empresários do agronegócio já dominam.

No sítio de Gentil e Ilene, a aposta é diversificar. Há espaço para uvas, milho, maçãs, caquis e hortaliças – a produção de mel, leite e queijo também faz parte do dia a dia dos dois. Gentil explica que decidiu participar do programa depois de perceber que o seu trabalho não era valorizado pelos compradores de tabaco.

— Era uma exploração. A gente passava meses trabalhando para depois vir o representante da empresa e pagar R$ 0,20 no quilo do fumo —, diz.

Agora, ele olha para os 110 parreirais cheios e pensa nos sucos e nos vinhos que serão produzidos em casa nos próximos meses.



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