Santa Catarina não está, pelo menos até março, ameaçada de enfrentar greve das polícias Civil e Militar. Quem garante são o delegado Renato Hendges, presidente da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), e o deputado Sargento Soares, presidente da Associação dos Praças de SC (Aprasc).
Os policiais civis retomaram as negociações com o governo do Estado e já têm uma reunião marcada para 1º de março. Eles reclamam que nenhuma das reivindicações feitas no ano passado foi atendida — a recomposição da inflação desde 1999, compactação da carreira de oito para quatro classes e reconhecimento da carreira jurídica para delegados.
Apesar disso, segundo Hendges, os policiais estão abertos a negociar e esperam avanços neste ano.
— Já tivemos uma situação pior o ano passado, mas por bom senso, apesar de não termos sido atendidos em nenhum item, não optamos por uma paralisação porque entendemos que a greve pode gerar estas situações — disse ele, em referência ao aumento da criminalidade na Bahia durante a greve da PM no Estado.
A categoria participou de uma reunião com representantes do governo na quinta-feira, quando foi anunciada a incorporação do abono permanência e a nomeação de novos policiais – que ocorrerá na próxima semana.
“Céu de brigadeiro” na PM catarinense
Na PM, o sargento Soares usou a expressão “céu de brigadeiro” para a situação catarinense. O deputado — que esteve na Bahia para apoiar o movimento — disse que se trata de uma conjuntura específica de cada Estado e que não há possibilidade de um movimento nacional incluindo SC. Segundo ele, a política salarial anunciada pelo governo em 2011 está no rumo do que pede a categoria.
– Seria mentira dizer que existe possibilidade de greve da PM em SC.