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Eleições municipais unem partidos que são adversários tradicionais

Sábado, 11 de fevereiro de 2012

 

Questões localizadas acabam contrariando orientações dos diretórios nacionais e estaduais

Natália Viana | natalia.viana@diario.com.br

Os diretórios nacionais e estaduais até tentam, mas nem sempre é possível padronizar as coligações nas eleições municipais. O que para o eleitor pode parecer um vale tudo ou uma colcha de retalhos, os partidos justificam como sendo o respeito às "particularidades locais". O Congresso Nacional do PT, no ano passado, foi decidido que não haveria coligação com siglas adversárias do plano federal — PSDB, DEM e PPS.

Ficou em aberto, apenas, a situação do PSD, mas Santa Catarina optou por barrar coligações com a sigla recém-criada. Segundo o presidente estadual do PT, José Fritsch, a orientação aos diretórios municipais é buscar, prioritariamente, alianças com o PMDB e, na sequência, com os partidos da base do governo Dilma. 

— Nossa deliberação é não apoiar candidatos do PSDB, PSD, DEM e do PPS — diz Fritsch.

Mas em vários municípios, petistas e tucanos, por exemplo, vêm conversando. Há canais entre PT, PSDB e DEM abertos em Itajaí e em Balneário Camboriú. Além disso, em Brusque uma ala do PSDB chegou a defender que o partido apoiasse a reeleição de Paulo Eccel (PT) caso o deputado estadual Serafim Venzon decidisse não lançar candidatura.

Segundo Fritsch, se o candidato for do PT e o PSDB, por exemplo, decidir apoiar, não há problema. Também não há restrição de ter estes partidos em uma mesma coligação, como, por exemplo, uma chapa com PMDB para prefeito, o PT a vice, com o apoio do DEM. Há ainda situações pontuais. Em 2008, em pelo menos seis municípios o PT dividiu a cabeça de chapa com DEM e PSDB. Se nestes locais houver a chance de reeleição, a aliança poderá ser mantida. 

— Estas situações serão analisadas caso a caso — afirma o petista.

Para PSDB e PMDB não há qualquer restrição para alianças. A orientação dos diretórios estaduais é lançar o maior número possível de candidaturas próprias e buscar as coligações mais fortes em cada localidade.

O secretário-geral do PMDB, Renato Hinnig, explica que não há partidos vetados. São permitidas, inclusive, alianças com o PP, histórico adversário estadual. 

— Em muitos municípios hoje já administramos com o PP, um exemplo na Grande Florianópolis é Águas Mornas — destaca Hinnig.

O presidente estadual do PSDB, Leonel Pavan, confirma que os tucanos estão liberados para procurar qualquer partido para conversar, o que inclui até mesmo o PT. Segundo Pavan, em alguns municípios o PSDB tem relação boa com os petistas e que não há motivos para um afastamento na campanha. Para o tucano, o eleitor não estranha este tipo de aproximação.

—Quem vai nos recriminar depois de ver algumas lideranças do PSD agarradas nas tetas do PT — questiona o ex-governador.

Para o professor de Ciências Políticas da Univali, Eduardo Guerini, estes acertos confundem o eleitor e fazem a política se tornar cada vez mais personalista, ou seja, focada nas lideranças e não nos partidos. 

— O que se observa é que pela necessidade de manutenção no poder, os partidos acabam abandonando todo o ideário político e passam a incorporar o pragmatismo, construindo alianças para vencer, para garantir tempo de TV e a eleição do maior número de vereadores e deputados.



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