Muito se discute e se apregoa o poder da imprensa. Terceiro, quarto... Imprensa marrom, amarela, ética, sem ética. Censura prévia, liberdade. Pois bem. O maior censor, crítico, julgador e quem realmente tem o poder, é o leitor, desde que assuma como cidadão verdadeiro seu papel. Se exponha, critique, censure, mas se identifique. Normal e ético é também que os que escrevem, colocam suas opiniões, tenham nome e endereço. Colunas não assinadas passam a ser explicitamente opiniões do veículo e para isto é reservado o Editorial. Afinal, queremos comentar o fato: em pesquisa feita pelo Evolução e publicada nesta edição, para eleição do “Cara” e do “Mala do Ano” de 2011, uma fratura ficou exposta. Quem ler a matéria vai ver que os verdadeiros Malas somos nós, os intocáveis da imprensa.
Nós que tanto criticamos os políticos, as administrações públicas, ganhamos de goleada dos mesmos no julgamento popular. Claro e evidente que não houve nenhuma metodologia científica para medir este trabalho, a não ser a opinião do leitor através do voto por e-mail, restrita a um voto por endereço eletrônico, mas que não impede que alguns mais ardorosos ou defensores de seus preferidos tenham criado mais de um endereço e consequentemente votado mais de uma vez. Se recebemos votos é porque estamos expostos ao julgamento e pelo menos não pecamos pela omissão. Mas a lição é cruel ao mostrar que os políticos, na preferência pelo “Cara”, deram um banho. Já para o “Mala”, individualmente perdemos para um político, até por sermos em número maior, mas no somatório ficamos com o título.