Florianópolis -Está próximo do fim o impasse entre os médicos e o governo sobre a tabela de honorários para atendimento no SC-Saúde, o plano de assistência médico-hospitalar dos servidores públicos estaduais, que começa a funcionar no próximo dia 1º de fevereiro. Uma excelente notícia que ajuda a distender as relações entre a classe médica e a administração estadual e dá tranquilidade as 180 mil pessoas que permanecem na expectativa do novo plano de saúde.
Os dirigentes da classe médica foram atendidos em quase todas as reivindicações. A última proposta do secretário da Administração, Miltom Martini, representou uma melhoria significativa em relação à tabela de honorários da AMB, a CBHPM. O aumento real foi de 14%, nada desprezível. Os novos níveis são muito melhores do que aqueles constantes no contrato firmado com a Unimed, que remuneravam os médicos credenciados.
Feita a avaliação pelo Conselho Superior das Entidades Médicas, o Cosemesc, surgiram várias dúvidas de interpretação do documento oficial do governo. Cinco pontos das incertezas foram levantados. Transformados em ofício foram enviados ao Secretário Martini, a pedido deste, depois de uma reunião fria, em que prevaleceu mais o formalismo do que uma conversa franca para eliminar todos os obstáculos. A impressão do encontro deixada aos médicos foi frustrante. Os cinco líderes do movimento, falando em nome das três principais entidades, saíram meio desiludidos. Martini pediu-lhes que formalizassem as cinco questões duvidosas.
O presidente do Cosemesc, Aguinel Bastian Júnior, agilizou a providência e a remeteu logo ao Centro Administrativo. E, bela surpresa! O secretário Miltom Martini deu resposta instantânea, concordando com os cinco pontos e enviando manifestação oficial.
A repercussão não poderia ter sido mais positiva entre os dirigentes do Cosemesc, que voltam a se reunir hoje, as 15 horas, na Associação Catarinense de Medicina. Ali, decidirão sobre a data e os procedimentos da assembleia estadual que deverá aprovar a proposta e a adesão ao SC-Saúde.