Confira por que o abastecimento melhorou em SC
Mesmo que ainda haja muito a melhorar, veranistas e moradores das praias do Litoral Norte próximas aos joinvilenses estão com menos medo de enfrentar torneiras secas neste ano.
Por enquanto, cidades nas quais o problema de falta d’água na temporada de verão era quase uma tradição, como São Francisco do Sul, têm registros de quedas pontuais. Em uma cidade o banho de canequinha foi inevitável: Itapoá. Em Balneário Barra do Sul e em Balneário Piçarras não houve problemas.
Ao anunciar investimentos concluídos em 2011 e que devem continuar, a Prefeitura de São Francisco prometeu que não faltaria mais água. Até agora, o problema ocorreu na comunidade da Vila da Glória em 31 de dezembro. Não houve reclamações no Natal. Em Barra Velha, onde havia risco de desabastecimento, dois bairros sentiram o problema.
A cidade que mais sofreu foi Itapoá. No fim do ano, quatro bairros foram afetados. Na primeira semana de janeiro a Prefeitura amenizou o problema contratando caminhões-pipas. No Carnaval, há previsão de que a água suma das torneiras. Por ora, cinco caminhões-pipa já estão contratados: quatro de 15 mil litros e um de 65 mil litros.
A Prefeitura tenta desde 2007 concluir o processo licitatório para terceirizar o serviço de água e esgoto. Com a quebra do contrato com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), a autarquia Águas de Itapoá tem tocado o serviço com uma empresa de Joinville – a Serrana Engenharia. Há um novo processo de licitação em aberto, que a Prefeitura pretende concluir em fevereiro.
Veraneando há pelo menos 20 anos na Barra do Saí, em Itapoá, o aposentado Ivan Rizental Fontoura teve de se adaptar à escassez de água. Nesta temporada, Ivan diz que desde 26 de dezembro a água tem faltado quase todos os dias.
Ele conta que, anos atrás, quando construiu sua casa, decidiu que furaria um poço para deixar a casa abastecida.
— Os banheiros da parte externa, a churrasqueira e o quintal usam a rede de água municipal. Dentro de casa, para não correr o risco, preferi fazer o poço —, conta.